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8 milhões de adolescentes nos países mais ricos do mundo são analfabetos funcionais

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    Clandestino
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Um novo relatório do UNICEF revela que o bem-estar das crianças nos países mais ricos sofreu impactos significativos durante a pandemia de COVID-19. A comparação entre dados de 2018 e 2022 mostra um cenário preocupante: piora no desempenho escolar, aumento nos índices de sobrepeso e obesidade, e queda na satisfação com a vida entre crianças e adolescentes.


Segundo Bo Viktor Nylund, diretor do centro de pesquisa Innocenti do UNICEF, os resultados estabelecem "uma referência preocupante para o bem-estar das crianças". O estudo avaliou fatores como saúde mental, condição física e competências acadêmicas em 43 países.



Holanda lidera, México ocupa última posição


No ranking geral, Holanda e Dinamarca aparecem como os melhores países para se viver na infância, seguidos pela França. Na outra ponta, México, Turquia e Chile foram os que apresentaram os piores resultados, com baixos índices em saúde mental, bem-estar físico e desempenho escolar.




Aprendizado comprometido


A análise alerta para uma queda acentuada nas habilidades de leitura e matemática entre as crianças em nações de alta renda. O fechamento das escolas e a adoção do ensino remoto deixaram muitos estudantes entre sete e 12 meses atrasados no aprendizado, especialmente os de famílias em situação de vulnerabilidade.


O levantamento estima que cerca de oito milhões de jovens de 15 anos, em 43 países analisados, não possuem habilidades básicas de leitura ou matemática. Metade dos adolescentes avaliados não consegue interpretar um texto simples, o que pode comprometer seu desenvolvimento futuro.




Saúde mental em declínio


Além do impacto educacional, o relatório evidencia uma deterioração na saúde mental infantojuvenil. Em 14 dos 32 países com dados disponíveis, a satisfação com a vida das crianças caiu durante a pandemia. Ao mesmo tempo, a tendência de queda nos índices de suicídio entre adolescentes foi interrompida, indicando uma estabilização preocupante.


O número de crianças com sobrepeso entre cinco e 19 anos aumentou, especialmente entre aquelas de origens socioeconômicas mais baixas, que também enfrentam piores indicadores de saúde mental e física.




Recomendações do UNICEF


O UNICEF pede que os governos adotem políticas públicas integradas e duradouras, voltadas a todas as fases da infância. A organização também recomenda que as crianças sejam ouvidas nos processos de decisão, a fim de promover maior participação e protagonismo juvenil.


Por fim, o relatório faz um alerta: conquistas importantes no bem-estar infantil estão sob risco nos países mais desenvolvidos. A agência apela para que as intervenções sejam direcionadas especialmente aos grupos mais vulneráveis, buscando equidade nos resultados educacionais e de saúde.

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