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China exige fim do bloqueio contra Cuba e critica sanções dos EUA

A China voltou a condenar as sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos e pediu o fim imediato do bloqueio econômico contra Cuba. Em declaração nesta quinta-feira (20), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, afirmou que Pequim se opõe ao uso da diplomacia coercitiva e rejeita qualquer tentativa de pressão política através de restrições econômicas.





A manifestação ocorreu após Washington anunciar novas restrições de visto contra autoridades cubanas, sob a alegação de “trabalho forçado” em missões médicas enviadas pelo governo da ilha a outros países. Mao Ning rebateu as acusações e ressaltou que, ao longo de seis décadas, mais de 600 mil profissionais de saúde cubanos atuaram em 60 países, beneficiando 230 milhões de pessoas e salvando 12 milhões de vidas. “A cooperação médica de Cuba é amplamente reconhecida, especialmente no Caribe. A narrativa do ‘trabalho forçado’ não passa de uma justificativa para endurecer ainda mais o bloqueio”, afirmou.



Impacto econômico e isolamento dos EUA

O apelo chinês reforça o posicionamento do país na Assembleia Geral da ONU, onde, desde 1992, a maioria das nações vota contra o embargo imposto a Cuba. Segundo relatórios cubanos, as sanções norte-americanas já causaram um prejuízo superior a US$ 154 bilhões, afetando o acesso a medicamentos, tecnologia e comércio exterior.


A China também cobrou que os EUA retirem Cuba da lista de “patrocinadores estatais do terrorismo”, classificação que limita ainda mais a economia cubana no cenário internacional. Para Pequim, Washington deve adotar medidas concretas para melhorar as relações bilaterais e contribuir para o desenvolvimento da região caribenha.


Além da questão cubana, Mao Ning criticou a escalada de barreiras comerciais em nível global e alertou para os impactos das disputas tarifárias. Citando um relatório da OCDE que prevê uma desaceleração no crescimento mundial devido a políticas protecionistas, a porta-voz defendeu o multilateralismo como caminho para um comércio mais justo.


“A imposição de tarifas e sanções unilaterais não beneficia ninguém”, afirmou Mao. Segundo ela, a China continuará promovendo uma globalização inclusiva e mutuamente benéfica, em contraste com a estratégia de guerras comerciais adotada por governos como o de Donald Trump.


Analistas apontam que a postura de Pequim reforça seu papel como defensora de um sistema internacional baseado na cooperação, enquanto os EUA enfrentam crescente isolamento na ONU por manter políticas consideradas colonialistas contra Cuba e outras nações.

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