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Como comunidades montanhosas enfrentam o Aquecimento Global?

  • Foto do escritor: Clandestino
    Clandestino
  • 27 de abr.
  • 2 min de leitura

Investimentos em práticas sustentáveis como agricultura orgânica, têxteis ecológicos e ecoturismo estão permitindo que as comunidades montanhosas da Ásia Central se adaptem ao aquecimento global, revelou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) nesta quinta-feira. A agência fez um apelo para maior apoio a essas regiões, frequentemente esquecidas nas discussões sobre mudanças climáticas.


O diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, destacou que os moradores das montanhas, muitos dos quais dependem da agricultura familiar, estão entre os mais pobres do mundo. Falando durante a Conferência Internacional do Diálogo Global de Montanha para o Desenvolvimento Sustentável, em Bishkek, ele explicou que as comunidades alpinas enfrentam sérias dificuldades devido à insegurança alimentar, agravada pela degradação ambiental, mudanças climáticas e o uso insustentável de recursos. Esses fatores tornam o acesso à água potável, alimentos e solos férteis cada vez mais desafiador.



Monges budistas no Tibet. ©Axel Alexander
Monges budistas no Tibet. ©Axel Alexander


Qu Dongyu enfatizou que, apesar das dificuldades, as comunidades montanhosas têm um enorme potencial para o desenvolvimento resiliente ao clima. Ele sugeriu que essas regiões podem se transformar em sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis, se receberem o apoio necessário para proteger e gerir seus ecossistemas.


O Quirguistão, que possui alguns dos ecossistemas montanhosos mais diversos e importantes do mundo, está se preparando para sediar a Cúpula Global de Montanhas em 2027, um evento que busca reforçar a importância dessas regiões na luta contra as mudanças climáticas.



Desafios e Oportunidades Globais

Mais de dois bilhões de pessoas no mundo dependem da água das geleiras, um recurso frágil ameaçado pelo aumento das temperaturas e o derretimento das calotas de neve. Apesar dos progressos, as regiões montanhosas continuam a ser impactadas por mudanças climáticas, perda de biodiversidade, erosão do solo e degradação da terra.


Desde 2009, a FAO tem trabalhado no Quirguistão para ajudar o país a lidar com a crescente pressão sobre seus ecossistemas. Os esforços incluem promover a segurança alimentar sustentável e apoiar o manejo responsável da terra e das florestas.



Ação Global e Projetos de Apoio

Em 2022, a Assembleia Geral da ONU adotou os "Cinco Anos de Ação para o Desenvolvimento das Regiões Montanhosas", um plano de longo prazo que visa aumentar a conscientização internacional sobre os problemas enfrentados pelos países montanhosos e fortalecer os esforços globais para enfrentar esses desafios. O plano se estenderá até 2027.


A FAO também apoia iniciativas locais que promovem a produção de café, mel e artesanato de alta qualidade em regiões montanhosas. Com o selo "Mountain Partnership Products" (MPP), pequenos produtores são apoiados no acesso a mercados e na obtenção de uma remuneração justa. Além disso, o selo MPP oferece transparência sobre a origem e o significado cultural dos produtos, ao mesmo tempo em que fortalece as cooperativas locais e promove práticas sustentáveis nas comunidades montanhosas.

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