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Expansão do controle territorial de gangues e colapso institucional no Haiti

  • Foto do escritor: Clandestino
    Clandestino
  • 1 de abr.
  • 2 min de leitura

 A ONU alerta para colapso institucional no Haiti, onde gangues armadas estabelecem controle territorial amplo usando violência extrema. Com metade da população em crise alimentar e sistema de saúde colapsado, comunidade internacional é convocada a agir urgentemente para evitar catástrofe humanitária total.


O Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, fez um dramático alerta ao Conselho de Direitos Humanos nesta quarta-feira sobre a situação catastrófica no Haiti, onde gangues armadas estão impondo um regime de terror enquanto o Estado perde controle sobre o território.


Gangues estabelecem "governo paralelo"

Türk descreveu um cenário onde grupos criminosos, armados com equipamentos cada vez mais sofisticados - muitos contrabandeados do exterior - expandiram seu controle para além dos tradicionais redutos em Porto Príncipe:


4.239 mortos e 1.356 feridos entre julho/2024 e fevereiro/2025

92% das vítimas atribuídas à violência armada

207 mortos em apenas 5 dias durante ataques em Cité Soleil (dezembro/2024)


"Estamos vendo a destruição como forma de governança", afirmou Türk, destacando que gangues como a coalizão Viv Ansanm destruíram ou assumiram o controle de escolas, hospitais, tribunais e meios de comunicação.






O relatório apresentado revela padrões alarmantes:

Uso sistemático de violência sexual para aterrorizar comunidades

Execuções públicas de vítimas de estupro

Aumento do recrutamento forçado de crianças

700 sequestros documentados no período



A crise de segurança mergulhou o país em uma emergência humanitária:

1 milhão de deslocados (40.000 apenas nas últimas semanas)

5,5 milhões (metade da população) em insegurança alimentar aguda

500.000 crianças deslocadas, 25% com desnutrição crônica

Apenas 50% das unidades de saúde na capital funcionando plenamente



Enquanto a Missão Multinacional de Apoio à Segurança tenta conter a crise:

Operações policiais causaram 2.000 mortos/feridos (aumento de 60%)

219 execuções extrajudiciais por unidades policiais documentadas

Linchamentos por multidões com cumplicidade policial



"O povo haitiano não pode ser esquecido", apelou Türk, destacando que a crise atual é resultado de décadas de "corrupção, impunidade e violência sem sentido".


O Haiti enfrenta uma escalada de violência desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, com gangues preenchendo o vácuo de poder. A comunidade internacional aprovou em outubro de 2023 uma missão de segurança liderada pelo Quênia, ainda em fase inicial de implantação.



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