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Um grupo de lobby pró-Israel solicitou aos organizadores Emmy que retirassem a indicação de Bisan Owda ao prêmio

  • Foto do escritor: Clandestino
    Clandestino
  • 21 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Um grupo de lobby pró-Israel solicitou aos organizadores dos prêmios Emmy que rescindissem a indicação de Bisan Owda, alegando suas supostas afiliações políticas.


Bisan Owda, uma jornalista palestina de Gaza, ganhou notoriedade por seus vídeos nas redes sociais que retratam a vida na região desde o início da guerra de Israel.


Os organizadores do Emmy Awards de Notícias e Documentários defenderam a indicação do documentário de Owda, intitulado "Sou Bisan de Gaza e eu ainda estou viva", produzido pela AJ+, uma plataforma digital da Al Jazeera. No vídeo, Owda documenta a vida sob bombardeios israelenses, incluindo uma entrevista com um menino de 11 anos cujos pais foram mortos em um ataque.


A Comunidade Criativa pela Paz, um grupo pró-Israel que faz campanha contra boicotes culturais, publicou uma carta aberta pedindo à Academia Nacional de Artes e Ciências Televisivas (NATAS) que anulasse a nomeação. Eles alegaram que Owda estava ligada à Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia. A carta argumentava que a indicação legitimava uma organização terrorista e prejudicava a integridade dos prêmios.


Em resposta, Adam Sharp, presidente-executivo da NATAS, afirmou que apoiava as indicações e destacou que ao longo de meio século, os indicados ao Emmy muitas vezes representaram vozes controversas, mas que isso estava em linha com a missão jornalística de capturar todas as facetas da história. Ele acrescentou que não há evidências de que Owda ainda esteja envolvida com a FPLP e que o conteúdo enviado por ela estava em conformidade com as regras e políticas da competição.


O documentário de Owda já recebeu dois prêmios de prestígio: o Peabody Award e o Edward R. Murrow Award. Ela continua a documentar a vida em Gaza e dedicou seu prêmio Peabody aos estudantes e pessoas que protestam pela Palestina ao redor do mundo.

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