Após morte de comandante, Trípoli enfrenta confrontos armados e estado de emergência é decretado pelo governo
- Clandestino
- 12 de mai.
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Violentos confrontos eclodiram em Trípoli, capital da Líbia, na noite de segunda-feira (12), após o assassinato do alto oficial de segurança Abdul Ghani Al-Kalaki. Diante da escalada da violência entre milícias rivais, o Governo de Unidade Nacional (GNU) declarou estado de emergência na cidade.

Al-Kalaki, figura influente nas forças de segurança ligadas ao GNU, foi morto em circunstâncias ainda não esclarecidas. A notícia de sua morte gerou uma rápida reação por parte de grupos armados, com intensas trocas de tiros em diversos bairros da capital. Moradores relataram explosões e rajadas de metralhadora durante toda a noite, enquanto as forças envolvidas disputavam território.
A tensão crescente levou à suspensão de atividades essenciais. O Aeroporto Internacional de Mitiga, principal terminal aéreo de Trípoli, interrompeu todos os voos, redirecionando aeronaves para a cidade de Misrata. Passageiros provenientes da Tunísia relataram que seu voo teve que ser desviado por razões de segurança.
A Universidade de Trípoli também suspendeu todas as aulas, provas e atividades administrativas por tempo indeterminado. Outras instituições públicas e privadas da capital seguiram a mesma orientação, diante do agravamento da crise.
Em comunicado, a Autoridade de Ambulâncias e Emergências da Líbia informou que todas as suas unidades na cidade estão em alerta máximo, com profissionais de saúde mobilizados para agir diante da instabilidade. A população foi instruída a permanecer em casa, evitando qualquer deslocamento desnecessário. O Ministério do Interior reforçou o apelo, alertando para o "cenário crítico e imprevisível" que domina as ruas da capital.
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