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Silenciaram os canhões: Trégua entre Camboja e Tailândia

Após dias de intensos confrontos armados na fronteira e dezenas de mortos, Camboja e Tailândia firmaram um acordo de cessar-fogo nesta segunda-feira (28), durante uma cúpula emergencial realizada na Malásia. O encontro, liderado pelo primeiro-ministro malaio Anwar Ibrahim, conseguiu unir os líderes cambojano Hun Manet e o interino tailandês Phumtham Wechayachai em torno de um compromisso pela desescalada e pela retomada do diálogo.


CONFLITO TAILÂNDIA X CAMBOJA I ARQUIVO
CONFLITO TAILÂNDIA X CAMBOJA I ARQUIVO

A trégua, que entra em vigor à meia-noite (horário local), representa uma pausa em um conflito que remonta ao período colonial e que, nos últimos dias, resultou na morte de pelo menos 35 pessoas e no deslocamento forçado de cerca de 300 mil civis. Ambos os lados se acusaram mutuamente pelos ataques, mas agora se comprometeram a reuniões entre os comandos militares na quinta-feira e à reativação de um comitê conjunto de monitoramento de fronteiras no início de agosto.


Além da mediação malaia, o acordo teve apoio explícito da China e dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump, em tom de ameaça, alertou no sábado que os acordos comerciais com Washington estariam suspensos enquanto a violência persistisse. Pequim, por sua vez, reforçou sua disposição de atuar como “parte construtiva” no processo de paz.


Anwar também ofereceu o envio de observadores da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), atualmente sob presidência da Malásia, e sugeriu uma missão de monitoramento com outros países do bloco regional.


Em coletiva conjunta, os líderes de Camboja e Tailândia reafirmaram o desejo de pôr fim ao conflito. Hun Manet ressaltou o impacto humanitário da guerra, lembrando que os maiores afetados foram civis inocentes. “É hora de reconstruir a paz”, declarou.


Apesar da trégua, o futuro do acordo ainda é incerto. A instabilidade histórica e os interesses externos continuam a rondar o destino dos dois países. O cessar-fogo é uma vitória diplomática, mas também um lembrete de como a paz, muitas vezes, é decidida longe das trincheiras.




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