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Vance, afirmou que Washington pode se retirar do processo de mediação entre Rússia e Ucrânia

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    Clandestino
  • 23 de abr.
  • 2 min de leitura

Em uma declaração que causou repercussão internacional, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou nesta quarta-feira (23), durante visita à Índia, que Washington pode se retirar do processo de mediação entre Rússia e Ucrânia caso as partes não cheguem a um acordo de paz — que incluiria a concessão de territórios ocupados.



Vance revelou que os EUA apresentaram uma “proposta muito explícita” para encerrar o conflito, defendendo que chegou o momento de aceitar os termos ou ver os Estados Unidos abandonarem os esforços diplomáticos. A declaração foi feita às vésperas de uma reunião em Londres que envolve representantes americanos, ucranianos e sete países europeus, em nova tentativa de pôr fim à guerra iniciada pela invasão russa em 2022.


“Este é o momento de dar um dos passos finais: congelar as linhas territoriais próximas do que temos hoje e parar com as mortes”, afirmou Vance, indicando que tanto ucranianos quanto russos terão de abrir mão de áreas atualmente disputadas. A proposta, portanto, pressupõe a legalização de um status quo militar imposto pela força — um cenário que preocupa analistas internacionais e pode minar os princípios do direito internacional.


A fala de Vance ocorre em um momento delicado para o governo dos Estados Unidos, que enfrenta críticas internas e externas pela condução da política externa sob a administração do presidente Donald Trump. O republicano, que prometeu em campanha resolver o conflito em 24 horas, até agora não conseguiu avanços concretos junto ao presidente russo, Vladimir Putin.


Enquanto isso, um breve acordo entre Moscou e Kiev para suspender ataques a instalações energéticas por 30 dias já foi considerado encerrado pelo Kremlin, sinalizando o retorno à escalada militar.


A proposta de cessão territorial colocada pelos EUA reacende um debate ético: pode um acordo de paz ser construído à custa da soberania de um povo invadido? Para muitos, a postura americana beira a rendição forçada e representa mais um episódio de realpolitik do que um verdadeiro compromisso com a justiça e a estabilidade internacional.

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