Acabar com o casamento infantil é romper a engrenagem da gravidez forçada e mortal na adolescência
- Clandestino
- 23 de abr.
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A cada ano, mais de 21 milhões de meninas adolescentes engravidam em países de baixa e média renda, sendo que cerca da metade dessas gestações não é planejada. A maioria dos casos ocorre entre meninas que se casaram antes dos 18 anos, o que reforça a ligação direta entre casamento precoce e gravidez não desejada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para os impactos profundos da gravidez precoce na vida das jovens. Além dos riscos médicos como infecções e partos prematuros, há consequências emocionais, interrupção da educação e restrições econômicas duradouras. Muitas acabam presas em ciclos de pobreza.
Para reverter esse cenário, a OMS defende políticas públicas que priorizem o fim do casamento infantil e ampliem o acesso das meninas à educação, ao mercado de trabalho e aos serviços de saúde reprodutiva. Segundo dados da UNICEF, garantir a conclusão do ensino médio pode reduzir em até dois terços os casos de casamento precoce.
Embora o número global de adolescentes que dão à luz tenha caído nas últimas duas décadas, ainda há regiões onde a prática continua alarmante. Em alguns países, quase 10% das meninas entre 15 e 19 anos se tornam mães todos os anos, segundo a OMS.
As novas diretrizes da OMS, atualizadas desde 2011, reforçam a importância da educação sexual integral como ferramenta para prevenir gestações precoces. A agência da ONU afirma que adolescentes bem informados têm maior capacidade de tomar decisões conscientes sobre seu corpo e sua saúde sexual.
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