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Sindicato de jornalistas palestinos: 210 jornalistas mortos desde o início da ofensiva israelense

Durante uma coletiva de imprensa e ato simbólico realizados em Ramallah no último domingo, o Sindicato dos Jornalistas Palestinos denunciou o assassinato de 210 profissionais da imprensa desde o início da ofensiva militar israelense contra Gaza, em 7 de outubro de 2023. O evento marcou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa com o lema contundente: "Pare o genocídio da mídia."


A entidade destacou que a cifra de mortos não é apenas um dado estatístico, mas representa o aprofundamento de uma tragédia sem precedentes. De acordo com o Sindicato, além dos jornalistas assassinados, 665 familiares desses profissionais também perderam a vida, somando-se a um grande número de feridos e à dura realidade enfrentada por jornalistas palestinos encarcerados em prisões israelenses.



Ali Jadallah I Anadolu. Jornalistas palestinos Sari Mansour e Hasona Saliem, que foram mortos enquanto trabalhavam, em Deir al-Balah, Gaza, em 19 de novembro de 2023.
Ali Jadallah I Anadolu. Jornalistas palestinos Sari Mansour e Hasona Saliem, que foram mortos enquanto trabalhavam, em Deir al-Balah, Gaza, em 19 de novembro de 2023.


O vice-presidente do Sindicato, Omar Nazzal, declarou:


“Enquanto o mundo celebra a liberdade de imprensa, os jornalistas palestinos lutam pelo mais elementar dos direitos: o de sobreviver.”


Segundo ele, o massacre deliberado da imprensa palestina está evidenciado nos 2.994 crimes e violações documentados contra profissionais da comunicação, incluindo assassinatos, perseguições a familiares, destruição de redações, residências e equipamentos de trabalho — tudo isso como parte de um ataque sistemático para silenciar a verdade e apagar os vestígios da cobertura jornalística independente sobre os crimes da ocupação.


Nazzal afirmou que a luta pela responsabilização internacional continua. Ele pediu apoio global para levar os autores desses crimes aos tribunais nacionais e internacionais:


“Estamos orgulhosos de todos os jornalistas palestinos que, mesmo diante da barbárie, continuam expondo os crimes da ocupação ao mundo.”


Na sexta-feira anterior, o Sindicato emitiu uma declaração exigindo a libertação imediata dos jornalistas presos, a reconstrução das instituições de mídia em Gaza e o restabelecimento da atividade jornalística nos territórios devastados pela guerra. Também cobrou recursos financeiros e logísticos para garantir a continuidade do trabalho da imprensa palestina, bem como o fim da impunidade para aqueles que atacam ou assassinam jornalistas.


A nota encerrou com uma amarga constatação: enquanto o mundo celebra a liberdade de imprensa em 3 de maio, a Palestina presencia o que o Sindicato classificou como um dos mais brutais genocídios midiáticos da história contemporânea, conduzido pela máquina de guerra israelense.

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