Brigadas Al-Qassam entregam à Cruz Vermelha corpo de prisioneiro israelense encontrado em Gaza
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As Brigadas Izz al-Din al-Qassam, braço militar do movimento Hamas, entregaram na noite desta quarta-feira (5) o corpo de um prisioneiro israelense ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). O corpo foi localizado no bairro de Shujaiya, a leste da Cidade de Gaza, região fortemente afetada por meses de ataques e operações militares israelenses.
Segundo informações publicadas pelo portal Al-Mayadeen e confirmadas por agências internacionais, o exército israelense reconheceu que representantes da Cruz Vermelha se deslocaram até o norte da Faixa de Gaza para receber o corpo, cuja identidade não foi oficialmente divulgada. A entrega ocorreu sob vigilância das forças de ocupação israelenses, em meio a um ambiente de intensa tensão e monitoramento aéreo.
Em comunicado divulgado em seu canal no Telegram, as Brigadas Al-Qassam haviam anunciado ainda durante a tarde a intenção de entregar o corpo à Cruz Vermelha às 21h do mesmo dia. O grupo também publicou um vídeo intitulado “Esta é a cena real”, mostrando combatentes envolvidos em uma operação de camuflagem e exumação do corpo, realizada sob a supervisão de drones israelenses.
O episódio ocorre em um momento de grande instabilidade na Faixa de Gaza, onde milhares de civis continuam enfrentando graves dificuldades humanitárias em meio a um bloqueio prolongado e à destruição de infraestrutura essencial.
A entrega do corpo, mediada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, é vista como um possível gesto de abertura para negociações humanitárias, ainda que limitado, em meio ao impasse entre as partes envolvidas. No entanto, até o momento, não há informações oficiais sobre novas tratativas para troca de prisioneiros ou recuperação de corpos.
Fontes diplomáticas indicam que Washington pretende apresentar, nos próximos dias, um novo projeto de resolução ao Conselho de Segurança das Nações Unidas com base no plano proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltado à estabilização da Faixa de Gaza. O texto deve ser discutido com os dez membros eleitos do Conselho, segundo a agência Reuters.
Fonte: Al-Mayadeen / Reuters.
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