Gleisi Hoffmann critica Zuckerberg: "Trogloditas Perigosos na Vida Real"
- Clandestino
- 14 de jan.
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A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou duramente Mark Zuckerberg, dono da Meta, após declarações consideradas machistas e alinhadas à extrema direita durante uma entrevista ao podcast "The Joe Rogan Experience". No programa, Zuckerberg defendeu a necessidade de "mais energia masculina" e sugeriu que a agressividade deveria ser mais valorizada no ambiente corporativo.
Gleisi usou suas redes sociais no domingo (12) para expressar indignação: "Além de se aliar à extrema direita contra a democracia e a verdade nas redes, Mark Zuckerberg declarou seu machismo e misoginia numa entrevista chocante".
A parlamentar destacou o perigo da concentração de poder em mãos de bilionários como Zuckerberg e Elon Musk, acusando-os de mascarar com discursos de liberdade o controle autoritário sobre as plataformas digitais. "É desolador ver que os controladores da mais avançada tecnologia de comunicação são trogloditas perigosos na vida real. Zuckerberg, Musk e seus aliados estão se tornando os verdadeiros ditadores", afirmou Gleisi.
Fim da Checagem de Fatos e Ações Polêmicas
Na semana anterior, a Meta anunciou o encerramento de seu serviço de checagem de fatos, uma medida que, segundo analistas, visa agradar a extrema direita liderada por Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos. A decisão foi amplamente criticada, inclusive pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que classificou a medida como "extremamente grave" e defendeu a regulamentação das redes sociais para combater a disseminação de discursos de ódio e notícias falsas.
Histórico de Controvérsias no Vale do Silício
O comportamento de Zuckerberg, frequentemente associado a práticas controversas, já foi relatado em livros e filmes. No livro The Accidental Billionaires, de Ben Mezrich, que inspirou o filme A Rede Social (2009), o empresário é retratado como manipulador, incluindo episódios de conflito com Eduardo Saverin, seu sócio brasileiro no início do Facebook.
Até mesmo sua irmã, Randi Zuckerberg, relatou à revista Forbes em 2018 as dificuldades enfrentadas por mulheres no Vale do Silício. "Eu me sentia muito consciente do meu gênero todos os dias. Era um ambiente onde praticamente não havia mulheres em cargos altos", revelou.
A postura de Zuckerberg e a falta de diversidade no setor de tecnologia reforçam as críticas sobre o papel dessas grandes corporações em perpetuar desigualdades e discursos que ameaçam valores democráticos.