Khamenei condiciona cooperação com EUA ao fim do apoio a Israel e à presença militar na
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O líder da Revolução Islâmica do Irã, aiatolá Seyyed Ali Khamenei, declarou nesta segunda-feira (3) que qualquer possibilidade de cooperação entre Teerã e Washington depende da retirada das forças militares estadunidenses do Oriente Médio e do fim do apoio dos Estados Unidos a Israel. As declarações foram feitas durante um discurso transmitido pela imprensa estatal iraniana e reproduzido pela rede Al-Mayadeen.
“A cooperação com os Estados Unidos é inaceitável e sem sentido enquanto eles continuarem a apoiar a entidade sionista.” Khamenei acrescentou que o conflito entre Teerã e Washington “não é tático, mas fundamental”, apontando diferenças ideológicas e políticas que, segundo ele, remontam à Revolução Islâmica de 1979.

Segundo o líder iraniano, uma eventual reaproximação entre os dois países só será possível “quando os Estados Unidos retirarem completamente suas bases militares da região e deixarem de interferir nos assuntos internos de outras nações”. Khamenei enfatizou que, até que isso aconteça, qualquer tentativa de diálogo será “improdutiva”.
O aiatolá também criticou duramente o histórico de atuação diplomática de Washington em Teerã, afirmando que “a antiga embaixada dos EUA no Irã era uma sala de conspirações contra a revolução”. A referência remete ao episódio de 1979, quando estudantes iranianos tomaram a embaixada dos EUA e mantiveram 52 diplomatas como reféns por 444 dias — um marco que consolidou o rompimento entre os dois países.
As declarações de Khamenei ocorrem em meio a um aumento das tensões no Oriente Médio, marcado por confrontos entre grupos aliados do Irã e forças apoiadas pelos Estados Unidos. O líder iraniano reiterou que o país não aceitará qualquer forma de ingerência estrangeira e que o apoio estadunidense a Israel “contradiz qualquer possibilidade de diálogo construtivo”.
A posição de Khamenei reforça a linha de política externa iraniana que busca fortalecer alianças regionais com países e movimentos contrários à presença militar dos Estados Unidos no Oriente Médio, como parte de sua estratégia de resistência à influência ocidental.
Fonte: Al-Mayadeen




























































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