A rua grita: Anistia é o caralho
- Clandestino
- 1 de abr.
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Manifestações em todo o país exigem justiça, punição de Bolsonaro e rejeitam anistia a golpistas
Milhares de brasileiros foram às ruas neste domingo (30) em atos organizados por movimentos como a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. As manifestações, que ocorreram em diversas capitais e cidades, pediram o arquivamento do Projeto de Lei que propõe anistia aos envolvidos nos ataques antidemocráticos após as eleições de 2022 e a punição rigorosa ao ex-presidente Jair Bolsonaro, recentemente denunciado pelo STF.

Em São Paulo, a concentração começou na Praça Oswaldo Cruz e seguiu em direção ao antigo prédio do DOI-CODI, símbolo da repressão durante a ditadura militar. A Avenida Paulista ficou tomada por manifestantes, que carregavam cartazes com os dizeres "Sem Anistia para Golpistas" e "Bolsonaro Preso".
Entre as lideranças presentes estavam o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, Jilmar Tatto (PT-SP), secretário nacional de Comunicação do PT, e o deputado Alencar Santana (PT-SP).
Em discurso, Lindbergh criticou a possibilidade de votação do PL da anistia no Congresso:
"Se votarem esse projeto, estarão provocando uma crise institucional com o STF. Só de colocar em pauta já é um crime", afirmou. O petista também defendeu a prisão preventiva de Bolsonaro e aliados por obstrução da Justiça e tentativa de golpe.
Jilmar Tatto reforçou a mensagem:
"Não aceitamos anistia para quem tentou assassinar Lula, Alckmin e Moraes. Quem atacou a democracia deve responder por seus crimes."
Repercussão nacional e pressão sobre o Congresso
Os atos ocorreram em meio ao avanço do julgamento de Bolsonaro no STF, que na última semana o tornou réu por tentativa de golpe. Manifestantes em outras cidades, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, também exigiram justiça pelos ataques de 8 de janeiro.
Alencar Santana destacou:
"O Brasil não pode esquecer nem perdoar. Bolsonaro e seus aliados incitaram o caos e atacaram as instituições. Eles devem ser punidos."
A pressão popular aumenta enquanto o Congresso debate o PL da anistia. Líderes petistas afirmam que a proposta não deve prosperar, sob risco de um embate direto com o Judiciário. Enquanto isso, o STF mantém o processo contra Bolsonaro, que pode enfrentar penas severas se condenado.