Irã condena bombardeios dos EUA e exige reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU
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- 22 de jun.
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O governo iraniano condenou com veemência os ataques conduzidos pelos Estados Unidos contra três de suas instalações nucleares de uso pacífico e solicitou, por meio de sua Missão Permanente na ONU, uma reunião urgente do Conselho de Segurança para discutir o ocorrido e responsabilizar os autores da ofensiva.

Em carta enviada ao presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas neste domingo (22), Teerã classificou os ataques como “ações agressivas, não provocadas e deliberadamente planejadas”, realizadas em “plena coordenação” com o governo israelense. As instalações atingidas ficam nas cidades de Natanz, Fordow e Isfahan e operavam sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A representação iraniana denunciou ainda que os ataques foram conduzidos por dois países que, segundo o documento, têm histórico de desrespeito ao direito internacional: Israel — que não integra o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e mantém um programa atômico não declarado — e os Estados Unidos, apontado como “o único país a ter utilizado armas nucleares em conflitos”, em referência aos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial.
A missão diplomática do Irã afirmou que a ofensiva viola múltiplos dispositivos legais internacionais, incluindo o Artigo 2, parágrafo 4 da Carta das Nações Unidas, que proíbe o uso da força contra a soberania e integridade territorial de Estados membros. Além disso, ressaltou o descumprimento das resoluções 487 e 2231 do próprio Conselho de Segurança, bem como das normas da AIEA e do TNP.
“O ataque dos EUA representa uma séria ameaça à paz e à segurança regionais e globais, além de ferir gravemente a legalidade internacional”, diz a carta, que exige uma resposta imediata e contundente do Conselho de Segurança para condenar a ação e garantir que os responsáveis não permaneçam impunes.
A ofensiva norte-americana ocorreu na manhã de domingo, dias após o início de uma campanha militar israelense, em 13 de junho, que atingiu alvos civis e militares no Irã, provocando a morte de centenas de pessoas — entre elas mulheres, crianças, cientistas e comandantes militares.
O Irã reiterou seu direito à legítima defesa e declarou que “reserva todas as opções” para proteger sua soberania diante da escalada de agressões.
Fonte: HispanTV





































































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