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Conflito entre Camboja e Tailândia força milhares a deixar suas casas

A tensão permanece elevada na fronteira entre Camboja e Tailândia, onde confrontos armados seguem forçando a evacuação de milhares de civis nas províncias de Oddar Meanchey e Preah Vihear. A cidade de Samrong amanheceu nesta sexta-feira com ruas vazias, postos de gasolina fechados e escolas suspensas, enquanto famílias inteiras buscam refúgio diante do avanço dos ataques.


Segundo autoridades locais, cerca de 10 mil pessoas foram deslocadas apenas em Oddar Meanchey. Os combates, que começaram na quinta-feira, envolveram ataques coordenados das tropas tailandesas em pelo menos sete pontos dentro do território cambojano, com uso de artilharia pesada, bombardeios de tanques, drones e jatos F-16. Um posto de combustível foi completamente destruído, e várias áreas civis, incluindo uma escola primária, foram atingidas por projéteis.


CONFLITO TAILÂNDIA X CAMBOJA I ARQUIVO
CONFLITO TAILÂNDIA X CAMBOJA I ARQUIVO

Em meio ao caos, moradores como Sampleang Kley e Hong Koy relataram ao CamboJA News o desespero para proteger suas famílias. Koy, que se refugiou com a esposa e os filhos no distrito de Chongkal, teme pelos animais que ficaram para trás. Já Kley permaneceu na aldeia para cuidar do gado, mesmo com os sons constantes dos bombardeios.


O Hospital de Referência de Oddar Meanchey já recebeu mais de dez feridos, incluindo civis e militares. Entre eles, Nuth Sokheng, que foi atingida junto ao neto quando bombas tailandesas caíram sobre o templo de Ta Moan. Um soldado de 39 anos relatou ter se ferido enquanto tentava neutralizar um drone inimigo nas proximidades do templo de Ta Krabey.


Em pronunciamento oficial, a porta-voz do Ministério da Defesa cambojano, Maly Socheata, classificou os ataques tailandeses como "ações agressivas", destacando que o Camboja foi alvo de bombardeios injustificados. Já o Ministério das Relações Exteriores rejeitou as alegações do premiê tailandês interino, que acusava o Camboja de não buscar diálogo.


O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, afirmou que aceitou proposta de cessar-fogo feita pelo presidente da ASEAN, Anwar Ibrahim. Contudo, a Tailândia teria recuado do acordo pouco mais de uma hora depois.


Até agora, as tentativas de mediação não surtiram efeito e o clima continua tenso na fronteira. O número de deslocados já passa de 8.500 em ambas as províncias afetadas.

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