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Conflito entre Tailândia e Camboja: O que se sabe

Desde 24 de julho, a disputa de fronteira entre Tailândia e Camboja escalou drasticamente, tornando-se o confronto mais intenso entre os dois países em mais de uma década.


As hostilidades começaram após explosões de minas que feriram soldados tailandeses – que Bangkok atribui a minas recém-plantadas por Camboja, alegação que Phnom Penh nega, responsabilizando munições antigas remanescentes.


A Tailândia realizou ataques com jatos F‑16 contra alvos militares cambodjanos, enquanto Camboja usou artilharia e foguetes, inclusive disparos sobre áreas civis próximas ao templo Ta Muen Thom.


Até hoje, pelo menos 14 a 20 pessoas morreram, a maioria civis tailandeses, inclusive crianças, e mais de 100.000 civis foram deslocados.


CONFLITO TAILÂNDIA X CAMBOJA I ARQUIVO
CONFLITO TAILÂNDIA X CAMBOJA I ARQUIVO

Diplomaticamente, ambos os países romperam relações: diplomatas foram expulsos e representações reduzidas ao nível mínimo. Camboja anunciou intenção de levar o caso à Corte Internacional de Justiça, enquanto a Tailândia insiste em resolução bilateral e recusa a jurisdição da ICJ.


Contexto histórico e componentes principais

A fronteira de aproximadamente 817 km permanece amplamente não demarcada, com locais disputados como os templos Ta Muen Thom e Preah Vihear servindo como pontos de tensão histórica desde o século XX.


No final de maio (28 de maio), um soldado cambojano morreu em troca de tiros com soldados tailandeses na área de Chong Bok, o que reacendeu o conflito e resultou em diálogo militar e tentativas de desescalada em junho.


Em 14 de junho, aconteceu reunião da Comissão de Fronteira Conjunta (JBC) entre os dois países, que ambos afirmaram ter gerado progresso técnico. Camboja, porém, reafirmou que levará parte das disputas à ICJ.


A situação se agravou em meio à crise política na Tailândia: um vazamento de ligação entre a premiê Paetongtarn Shinawatra e o ex‑líder cambojano Hun Sen levou a tensões internas e retirada de apoio político.



Táticas e impacto humanitário

Militarmente, ambas as partes reforçaram tropas; a Tailândia declarou lei marcial em áreas de fronteira e fechou todas as passagens terrestres com Camboja.


As armas empregadas incluem artilharia pesada, foguetes BM‑21, tanques e ataques aéreos com jatos F‑16. Civis foram atingidos em postos de gasolina, hospitais e áreas residenciais.


Evacuação em massa: mais de 100 mil pessoas deslocadas da Tailândia e dezenas de milhares do lado cambojano procuram refúgio em abrigos temporários.



Situação atual e tendências

Agora, ambos os países mantêm presença militar elevada na fronteira, aguardando novas rodadas de negociações. A resolução diplomática parece difícil: Camboja busca autoridade internacional via ICJ, enquanto a Tailândia insiste em tratar o conflito bilateralmente.


A comunidade internacional, incluindo ONU, ASEAN (Malásia, China, EUA, UE…), pediu cessar-fogo imediato e diálogo, com o Conselho de Segurança da ONU reunido em caráter de urgência para avaliar os riscos de escalada.


Analistas alertam que o conflito, impulsionado por nacionalismos e rivalidades regionais, pode se prolongar e até ameaçar a estabilidade regional, especialmente com o apoio militar e diplomático da China a Camboja.


A situação segue grave e dinâmica: confrontos armados, diplomacia em colapso, crises humanitárias e impasse sobre se a disputa será resolvida bilateralmente ou levada ao tribunal internacional.

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