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Daesh em Moçambique provoca milhares de mortos e deslocamentos em Cabo Delgado

De acordo com o mais recente balanço do projeto ACLED, entre 14 de julho e 3 de agosto, o Estado Islâmico Moçambique (EIM) esteve envolvido em 1.969 dos 2.142 eventos violentos registados desde o início da insurgência, em outubro de 2017, causando um total de 6.151 mortes.


O relatório indica que, por volta de 15 de julho, grupos extremistas avançaram para o sul, partindo de Macomia, passando por Quissanga e Ancuabe, chegando ao distrito de Chiúre, onde encontraram resistência apenas da milícia Naparama, resultando na morte de pelo menos 14 combatentes. A operação deslocou quase 50 mil pessoas em apenas sete dias, sobretudo no distrito de Chiúre, sul de Cabo Delgado, e reforça a percepção de que a ofensiva foi estratégica, não apenas uma retirada.


Deslocados em Cabo Delgado, Moçambique. ©MZNews
Deslocados em Cabo Delgado, Moçambique. ©MZNews

Segundo o ACLED, esta foi a quarta incursão do EIM no sul da província desde o início de 2024, caracterizada por ataques a civis e uma campanha de propaganda focada em alvos cristãos. O avanço surpreendeu observadores devido à proximidade de campos militares das Forças Armadas e de Defesa de Moçambique (FADM) e de tropas ruandesas, localizados a cerca de 50 km da sede de Chiúre. Reforços das FADM só chegaram a 3 de agosto.


O relatório aponta que a situação evidencia a sobrecarga das forças de defesa e logísticas no norte do país, colocando em teste a confiança da população local na proteção estatal. Atualmente, a maioria dos deslocados está abrigada em escolas da vila de Chiúre, recebendo apoio humanitário de agências da ONU e das autoridades moçambicanas.


O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, reconheceu a gravidade da situação e afirmou que as forças de defesa estão ativamente perseguindo os insurgentes. Estima-se que pelo menos 349 pessoas tenham morrido em ataques extremistas no norte de Moçambique em 2024, um aumento de 36% em relação ao ano anterior, segundo estudo do Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS).


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