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EUA sancionam relatora da ONU por denunciar empresas ocidentais que lucram com o genocídio de Gaza

O governo dos Estados Unidos impôs sanções à relatora especial da ONU para os Territórios Palestinos, Francesca Albanese, após a publicação de um relatório que acusa dezenas de empresas ocidentais de lucrar com a destruição em Gaza. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (9) pelo secretário de Estado estadunidense, Marco Rubio, que alegou que a especialista promove uma “guerra política e econômica” contra os EUA e Israel.


Francesca Albanese
Francesca Albanese

Em declaração publicada nas redes sociais, Rubio afirmou: “Estou impondo sanções à relatora Francesca Albanese por seus esforços ilegítimos para pressionar o Tribunal Penal Internacional (TPI) a agir contra autoridades e corporações dos Estados Unidos e de Israel”. Rubio também reforçou que os EUA continuarão a adotar “todas as medidas necessárias” para proteger sua soberania e a de seus aliados.


A sanção ocorre uma semana após a divulgação do relatório “Da Economia de Ocupação à Economia de Genocídio”, no qual Albanese identifica mais de 60 empresas envolvidas no financiamento e na manutenção do aparato de ocupação israelense. O documento aponta que o lucro gerado por guerras e ocupações tem sustentado a violência contínua contra os palestinos, tornando o genocídio em Gaza “altamente lucrativo para grandes corporações”.


Entre as empresas citadas estão gigantes dos setores militar e tecnológico como Lockheed Martin, Caterpillar, Microsoft, Palantir, Hyundai e outras que, segundo a relatora, estariam “financeiramente ligadas ao apartheid e ao militarismo de Israel”. O relatório também defende que o Tribunal Penal Internacional investigue e processe executivos e corporações por cumplicidade em crimes de guerra.


As sanções contra Albanese seguem uma linha adotada recentemente por Washington: há apenas um mês, o governo estadunidense penalizou quatro juízes do TPI por conduzirem investigações sobre crimes cometidos por militares dos EUA e de Israel. À época, o argumento também girava em torno de uma suposta ameaça à soberania nacional.


A repressão às vozes críticas e o uso de sanções para proteger aliados e interesses econômicos reforçam a denúncia central do relatório de Albanese: a violência sistemática em Gaza não é apenas política, mas profundamente enraizada em uma lógica de lucro.

 
 
 

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