10 mil crianças palestinas estão sem registro de nascimento na Faixa de Gaza, alerta ONU
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- 18 de jul.
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O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) divulgou nesta quinta-feira (17) que cerca de 10 mil crianças nascidas na Faixa de Gaza desde outubro de 2023 não possuem registro de nascimento oficial. A ausência desses documentos deixa esses menores em situação de extrema vulnerabilidade, dificultando o acesso a direitos básicos e expondo-os a riscos como o tráfico de pessoas.
A guerra que assola Gaza desde o final de 2023 provocou a destruição massiva de hospitais e escritórios governamentais responsáveis pelo registro civil, além de ter causado o deslocamento de grande parte da população. Esses fatores impedem que as famílias realizem o registro formal dos recém-nascidos, fazendo com que muitos cresçam sem reconhecimento legal, o que compromete ainda mais a estrutura social de uma região já profundamente abalada.
A diretora-geral do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Catherine Russell, ressaltou que nos últimos 21 meses mais de 17 mil crianças foram mortas e outras 33 mil ficaram feridas em Gaza, o que representa uma média trágica de 28 mortes infantis por dia — equivalente a uma sala de aula inteira.
A UNICEF denunciou que as repetidas recusas das autoridades israelenses em permitir o acesso das missões humanitárias dificultam a reunificação familiar e agravam o sofrimento psicológico das crianças afetadas.
Diante desse cenário, a comunidade internacional intensifica os apelos por medidas urgentes para garantir a proteção das crianças palestinas, assegurar seus direitos fundamentais e oferecer-lhes a possibilidade de um futuro digno.





































































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