Ben-Gvir Ameaça Renunciar Caso Israel Assine Cessar-Fogo com o Hamas
- Clandestino
- 14 de jan.
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O ministro da Segurança Interna de Israel, Itamar Ben-Gvir, uma das figuras mais proeminentes da extrema-direita do país, declarou nesta terça-feira (14) que deixará o governo caso seja firmado um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Ben-Gvir argumenta que a suspensão das hostilidades incluiria medidas como a libertação de prisioneiros palestinos, o retorno de combatentes à Faixa de Gaza e a retirada das forças israelenses da área de Netzarim, ações que ele considera perigosas para a segurança de Israel e da população de Gaza.
Em seu pronunciamento, o ministro pediu cautela ao gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, alertando sobre os riscos de um acordo que, segundo ele, comprometeria a segurança nacional. Ele também lembrou que, em 2024, o seu partido, "Poder Judaico", já havia bloqueado propostas similares. No entanto, com a entrada de Gideon Saar, líder do partido Nova Esperança, na coalizão governista, o cenário político mudou.
Ben-Gvir também instou o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, outro político de extrema-direita, a alinhar-se com sua posição. Segundo ele, apenas uma retirada conjunta dos dois partidos da coalizão, que juntos somam 14 assentos no parlamento, teria força para provocar uma crise política significativa no governo de Netanyahu.
Apesar das ameaças, a coalizão ganhou maior estabilidade após a adesão de Saar, aumentando sua representatividade para 68 assentos no parlamento. Nesse contexto, a possível saída do "Poder Judaico" isoladamente teria impacto limitado, mas a ruptura de ambos os partidos poderia gerar um abalo estrutural no governo.
As declarações de Ben-Gvir refletem as divisões internas em Israel sobre as negociações de um cessar-fogo, que têm sido vistas com alívio pela comunidade internacional, mas com resistência por setores mais conservadores do governo israelense.
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