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Casos de cólera disparam no mundo

De janeiro a abril de 2025, mais de 157 mil casos de cólera foram registrados em 26 países, resultando em 2.148 mortes. O novo boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela um crescimento preocupante dos surtos da doença, com destaque para o continente africano, que lidera o número de infecções. Segundo o relatório, Sudão do Sul, Afeganistão e República Democrática do Congo apresentaram números mais preocupantes.


Apenas em abril, foram notificados 37.147 novos casos e 561 mortes em 18 países — um aumento de 5% em relação ao mês anterior. A OMS associa a intensificação dos surtos a fatores como conflitos armados, deslocamentos em massa, enchentes e os efeitos das mudanças climáticas. A escassez de vacinas também agrava o cenário: atualmente há apenas 3,6 milhões de doses disponíveis, quando o ideal seria um estoque emergencial de pelo menos 5 milhões.


Sudão do Sul. ©UN arquivo
Sudão do Sul. ©UN arquivo

A resposta global contra a doença tem se concentrado em ações de prevenção, atendimento médico emergencial e programas de saneamento básico. Em Angola, onde a situação é crítica — com 6.201 novos casos e 164 mortes apenas em abril —, as autoridades montaram Centros de Tratamento de Cólera nas regiões mais afetadas: Luanda, Bengo, Benguela e Cuanza Norte.


A OMS enviou equipes de apoio ao país para auxiliar na distribuição de soluções de reidratação oral e na capacitação de profissionais de saúde. O material de campanha foi adaptado para o português, e missões de especialistas de países como Portugal também contribuíram com os esforços do governo angolano.


Mais de 150 profissionais de ministérios da Saúde e organizações parceiras participaram, no final de abril, de um seminário virtual promovido pela OMS África sobre estratégias de tratamento descentralizado da cólera, reforçando a importância da cooperação regional.


Foco em saneamento e vigilância

Para conter a expansão da doença, a OMS também investe em projetos de água, saneamento e higiene (Wash), fundamentais para evitar a contaminação e melhorar as condições de saúde nas comunidades. Equipes especializadas também foram destacadas para países como Haiti, Quênia, Moçambique, Sudão e Sudão do Sul, com foco em vigilância epidemiológica e resposta emergencial.


A agência reforça que, embora a cólera seja uma doença evitável e tratável, sua disseminação reflete fragilidades estruturais que exigem ações coordenadas e investimentos em infraestrutura básica e saúde pública.

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