Cuba denuncia investimento milionário dos EUA em ações de desestabilização na ilha
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- 17 de jul.
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O governo de Cuba voltou a criticar duramente os Estados Unidos nesta quinta-feira (17), acusando Washington de destinar um orçamento de 75 milhões de dólares a iniciativas voltadas para desestabilizar a ordem interna da ilha. A denúncia foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, por meio de publicações na rede social X.

Rodríguez responsabilizou “políticos anticubanos” no Congresso estadunidense pela destinação de verbas milionárias a programas que, segundo ele, têm como objetivo promover uma “mudança de regime” em Cuba. “Enquanto aprovam cortes em serviços essenciais para a população dos EUA, certos setores insistem em financiar planos para subverter a ordem constitucional cubana”, afirmou o chanceler.
O diplomata cubano destacou ainda que esses recursos alimentam o que chamou de “negócios corruptos” voltados a campanhas midiáticas e ao incentivo de grupos opositores. Ele voltou a citar o senador Marco Rubio como um dos principais articuladores do uso de recursos públicos norte-americanos em ações de ingerência política contra Havana.
As críticas surgem em um momento de renovada tensão entre os dois países. Na quarta-feira (16), a Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba rejeitou um novo memorando presidencial emitido por Washington no final de junho. O documento reforça as sanções do bloqueio econômico e proíbe o turismo de cidadãos estadunidenses na ilha.
Para o parlamento cubano, a medida se insere em uma “guerra econômica genocida” com o objetivo de estrangular a economia do país e provocar um colapso social. Os deputados atribuíram a atual escassez de alimentos, medicamentos e combustíveis às sanções intensificadas desde o retorno de Donald Trump à presidência, em 2021.
Além disso, os legisladores criticaram a permanência de Cuba na lista dos Estados patrocinadores do terrorismo, o que dificulta transações financeiras e, segundo o governo, aprofunda a crise econômica. “Os EUA continuam tentando, por vias econômicas, aquilo que não conseguiram com a invasão da Baía dos Porcos: submeter Cuba”, afirmou o comunicado oficial da Assembleia.

















































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