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Nomeação de Boulos à Secretaria-Geral da Presidência marca nova guinada à esquerda no governo Lula

A cientista política e professora da PUC-SP, Rosemary Segurado, avaliou que a escolha de Guilherme Boulos representa uma “inflexão necessária” do governo em direção à esquerda, após um início de mandato marcado pela manutenção da frente ampla que uniu partidos de diferentes espectros políticos em 2022. Segundo ela, essa mudança simboliza uma tentativa de reconectar o Executivo às bases populares que foram decisivas para a vitória eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


De acordo com Segurado, a composição ampla formada para derrotar o então presidente Jair Bolsonaro (PL) foi um passo indispensável naquele contexto, mas também impôs limites programáticos ao governo.


“Aquela frente ampla foi constituída em um momento muito adverso para o país. Agora, é uma clara demonstração de deslocamento ao campo progressista e uma inflexão necessária para que consigamos um diálogo mais intenso com a população”, afirmou a professora em entrevista ao programa Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato.
Guilherme Boulos e Presidente Lula
Guilherme Boulos e Presidente Lula

A especialista também destacou que a nomeação de Boulos ocorre em um momento de crescente mobilização social, impulsionada pelas manifestações realizadas em setembro em diversas capitais do país contra a anistia aos golpistas do 8 de janeiro e a PEC da Blindagem. Para ela, o movimento das ruas foi determinante para pressionar o governo a retomar o diálogo com as bases populares.


“Sem a pressão popular, a governabilidade fica muito frágil, e aqueles que têm pautas antipopulares ganham força”, observou.

Com histórico de atuação nos movimentos sociais e experiência de articulação política, Boulos é visto como uma figura capaz de fortalecer o canal de comunicação entre o governo e as organizações de base. “Espero que ele mantenha a população mobilizada e ajude a viabilizar a aprovação de pautas importantes para o povo brasileiro”, acrescentou Segurado.


A cientista política defendeu ainda que o governo priorize alianças com figuras historicamente comprometidas com a pauta popular, em vez de depender de apoios circunstanciais.


“O governo precisa se apoiar em aliados históricos como Boulos, e não em apoiadores oportunistas fisiológicos de primeira viagem. O objetivo é garantir governabilidade para aprovar medidas que atendam aos interesses da maioria da população”, ressaltou.

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