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Israel emitiu três novas ordens de evacuação, elevando para 71% a porção de Gaza sob ordens de deslocamento

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    Clandestino
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

A intensificação dos ataques israelenses na Faixa de Gaza continua provocando mortes, deslocamentos e destruição, enquanto o bloqueio total à entrada de ajuda humanitária completa semanas, alertou o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA) nesta quinta-feira.


Nos últimos dois dias, Israel emitiu três novas ordens de evacuação, cobrindo cerca de 7% do território e elevando para 71% a porção de Gaza sob ordens de deslocamento ou zonas militares, onde a movimentação humanitária precisa de autorização israelense. “Essas ordens ocorrem enquanto uma em cada cinco pessoas em Gaza enfrenta fome”, afirmou a agência.



ANADOLU; Faixa de Gaza. 2023.
ANADOLU; Faixa de Gaza. 2023.


As novas ordens afetaram 10 bairros em Deir Al-Balah e Khan Younis, impactando cerca de 100 mil pessoas, segundo estimativas preliminares. A área abriga poços, reservatórios, clínicas e armazéns de ajuda humanitária. Pelo menos 30 abrigos para deslocados internos e seis centros de aprendizagem para 700 alunos foram atingidos.


Apesar da fuga de centenas de famílias, muitas retornaram por falta de abrigo e espaço em outras áreas. Uma escola da UNRWA que servia de abrigo foi bombardeada em Nuseirat, sem registro de feridos.



Hospitais sob ataque


Mesmo sob bombardeios, a ONU e parceiros humanitários seguem operando em Gaza. Na quarta-feira, a OMS evacuou 284 pacientes do Hospital Europeu de Gaza, em Khan Younis, após o local ser atingido duas vezes por forças israelenses. O hospital foi fechado, cortando serviços cruciais como neurocirurgia, cardiologia e tratamento de câncer.


O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, denunciou também um ataque próximo ao Hospital Indonésio, que gerou pânico e interrompeu o atendimento. “Hospitais nunca devem ser militarizados ou atacados”, enfatizou.



Fome avança com bloqueio


Com a proibição total da entrada de cargas desde março, a crise alimentar se agrava rapidamente. O número de refeições quentes servidas caiu de um milhão para menos de 250 mil por dia. Olga Cherevko, porta-voz do OCHA, relatou cenas de desespero nas cozinhas comunitárias: “As pessoas esperam com panelas vazias, mas a comida já acabou.”


Mais de 9 mil caminhões com ajuda vital estão prontos para entrar em Gaza, incluindo alimentos para sustentar milhões por meses. “Enquanto o bloqueio persistir, a assistência continuará se esgotando. O tempo é essencial para evitar mais mortes”, alertou o OCHA.

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