O lixo israelense chamado Ben-Gvir ordenou o confisco de alto-falantes de 'mesquitas barulhentas'

O ministro ultranacionalista da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, instruiu a polícia a confiscar alto-falantes das mesquitas, alegando que o chamado para a oração, ou adhan, perturba os residentes judeus. A decisão tem gerado forte oposição de parlamentares árabes e líderes religiosos.

De acordo com o Canal 7 israelense, Ben-Gvir direcionou as forças policiais a agir especialmente em cidades mistas, onde convivem populações judaicas e árabes. Ele argumenta que o volume dos alto-falantes causa "incômodo" aos moradores judeus.

Em uma publicação na plataforma X (antigo Twitter), o ministro declarou: "Tenho orgulho de liderar uma política destinada a reduzir o ruído irracional dos alto-falantes das mesquitas, que se tornou uma fonte de perturbação para os residentes de Israel."

A decisão provocou críticas de membros árabes do Knesset, incluindo Ahmad Tibi, que acusou Ben-Gvir de explorar tensões religiosas em benefício de sua base eleitoral. "Desta vez, Ben-Gvir tem como alvo os muezins e as mesquitas. Vamos lutar contra essa opressão e islamofobia", afirmou Tibi.

Líderes religiosos e organizações da sociedade civil também denunciaram a medida como uma tentativa de silenciar a comunidade árabe e restringir a prática religiosa dos cidadãos palestinos de Israel.

Ben-Gvir, conhecido por suas posições de extrema direita e retórica contra os palestinos, tem gerado polêmica dentro e fora de Israel. Desde o início do conflito em Gaza, em 7 de outubro de 2023, o ministro intensificou declarações provocativas, defendendo a execução de prisioneiros palestinos, a anexação da Cisjordânia e o retorno do controle israelense sobre Gaza.

A medida contra os alto-falantes das mesquitas é vista por críticos como parte de uma política mais ampla de repressão à comunidade árabe e de escalada das tensões religiosas na região.