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O patriota que não bate continência para a bandeira dos EUA: Lula promete retaliação às tarifas de Trump e defende a soberania nacional

Em entrevistas à Record e à Globo, presidente critica sobretaxas de Trump, condena interferência externa no julgamento de Bolsonaro e chama carta do ex-presidente americano de "inadmissível".


Presidente Lula, durante entrevista para o Jornal Nacional, no Palácio da Alvorada. Brasília - DF. ©Ricardo Stuckert
Presidente Lula, durante entrevista para o Jornal Nacional, no Palácio da Alvorada. Brasília - DF. ©Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (10), que o Brasil responderá com firmeza à decisão do governo dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Em entrevistas exibidas pelos telejornais da Record e da Globo, Lula invocou a chamada Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso Nacional, e prometeu medidas equivalentes caso não haja acordo diplomático.


"Se ele [Trump] vai cobrar 50 de nós, nós vamos cobrar 50 deles", declarou Lula, reforçando que o Brasil não aceitará imposições unilaterais. Segundo o presidente, o governo buscará inicialmente uma solução negociada, mas já se prepara para adotar a reciprocidade a partir de 1º de agosto, caso as tarifas entrem em vigor.


Lula também informou que o Brasil deverá acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) em articulação com outros países afetados, buscando uma resolução multilateral para o impasse.


O presidente também reagiu duramente à carta divulgada por Donald Trump em seu site oficial, na qual o presidente estadunidense defende Jair Bolsonaro e ataca o processo judicial em curso contra o ex-mandatário brasileiro. Lula classificou o documento como “inadmissível” e criticou o tom de ingerência.


"É inaceitável que um presidente mande carta para tentar influenciar decisões da Justiça brasileira. Aqui há instituições sólidas, com direito à defesa e presunção de inocência. Se alguém cometeu crime, será punido", afirmou Lula.

Defesa do Judiciário e crítica à atuação de Eduardo Bolsonaro

O presidente também se manifestou sobre o julgamento de Bolsonaro, reiterando a independência do Judiciário. Ele condenou a atuação de Eduardo Bolsonaro, que teria intermediado contatos com o governo Trump para pressionar em favor das tarifas, sugerindo envolvimento direto na articulação contra o Brasil.


"Foi o filho dele que foi fazer a cabeça do Trump. Isso é grave. Aqui não há julgamento político — há um processo que seguirá o que estiver nos autos", declarou Lula.

Comércio e BRICS

Lula reafirmou a importância do BRICS na construção de um mundo multipolar e criticou a dependência do dólar nas transações internacionais. O presidente voltou a defender a criação de uma moeda própria para o bloco ou a ampliação do uso das moedas locais.


"O Brasil nunca se incomodou com o G7. Trump precisa entender que cada país tem soberania. A participação no BRICS não é provocação, é um direito nosso", afirmou.

Por fim, Lula apontou incoerência nas justificativas do governo americano para impor as tarifas. Segundo ele, o déficit comercial registrado entre Brasil e Estados Unidos nos últimos 15 anos soma cerca de US$ 410 bilhões a favor dos norte-americanos. “É uma decisão sem base, tomada com desinformação”, concluiu.

 
 
 

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