Papa Leão 14 convoca movimentos populares de todo o mundo, incluindo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), para encontro no Vaticano
- www.jornalclandestino.org

- 4 de out.
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Entre os dias 20 e 27 de outubro, o Papa Leão 14 realizará seu primeiro encontro com movimentos populares de todo o mundo, incluindo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A iniciativa é vista como continuidade do legado do Papa Francisco, que em 2014 promoveu a primeira reunião de lideranças populares no Vaticano.
O encontro, confirmado pelo Vaticano ao Brasil de Fato, reunirá representantes de diversos continentes em uma série de atividades que incluem debates e uma audiência com o pontífice. Rodrigo Suñe, membro da Articulação Internacional dos Povos (AIP), destacou que a iniciativa mantém o diálogo histórico entre a Igreja Católica e movimentos sociais, iniciado pelo Papa Francisco.

O Papa Leão 14, nascido nos Estados Unidos e naturalizado peruano, assumiu o Vaticano em maio deste ano, após 12 anos do papado de Francisco, falecido logo após a Páscoa de 2024. No ano passado, o MST e outras entidades participaram de cerimônia no Vaticano celebrando os dez anos do Encontro Mundial dos Movimentos Populares, ocasião em que Francisco abençoou a bandeira do movimento sem-terra.
Durante aquele encontro histórico, João Pedro Stedile, líder do MST, destacou a defesa dos direitos humanos e das populações marginalizadas, citando o bispo Pedro Casaldáliga:
“Malditas sejam todas as cercas. Malditas todas as propriedades privadas que nos privam de viver e de amar”, afirmou.
Segundo Suñe, os interlocutores do Vaticano que atuaram com Francisco confirmaram que o Papa Leão 14 pretende dar continuidade à construção iniciada pelo antecessor, incluindo a incorporação do Jubileu dos Movimentos Populares no calendário oficial do Ano Jubilar, consolidando encontros presenciais regulares com os movimentos.
As expectativas para o encontro incluem debates sobre temas centrais da articulação popular, como Terra, Teto e Trabalho, além de assuntos geopolíticos contemporâneos: conflitos internacionais, promoção da paz, crise do modelo político representativo, migrações decorrentes do capitalismo e desafios ambientais.
Até o momento, ainda não há lista oficial de participantes, mas estão convocadas articulações de todos os continentes, reforçando o caráter global do evento e o compromisso do Vaticano em manter diálogo com movimentos populares em nível internacional.



































































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