Reservistas israelenses desafiam Netanyahu e se recusam a integrar nova ofensiva contra Gaza
- www.jornalclandestino.org

- 5 de set.
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Um grupo de mais de 365 reservistas israelenses anunciou publicamente que não atenderá a convocações para participar da operação militar planejada pelo governo de Benjamin Netanyahu com o objetivo de ocupar a Cidade de Gaza. O movimento, que continua a crescer, foi revelado em coletiva de imprensa e representa um raro desafio interno às políticas militares do atual governo israelense.

O sargento da reserva Max Kresch afirmou que a ofensiva é “ilegal” e que, por isso, considera um dever patriótico recusar-se a participar. Em posição semelhante, o sargento Dor Menachem alertou que a ocupação colocaria em risco não apenas os soldados, mas também os prisioneiros ainda mantidos em Gaza. Já o capitão da reserva Ron Feiner descreveu a decisão de invadir o enclave como resultado de um “regime messiânico sem legitimidade pública, movido pela necessidade de sobrevivência política”.
Apesar da resistência crescente, o Exército de Israel já iniciou os preparativos para uma mobilização em larga escala, com a distribuição de armas, suprimentos e equipamentos táticos para os reservistas que permanecerem ativos. O plano foi aprovado por Netanyahu no fim de agosto e prevê a retomada simultânea das negociações para a libertação de detidos.
No cenário internacional, a iniciativa israelense recebeu duras críticas. Egito e Irã condenaram a intenção de ocupar Gaza e relocar civis, enquanto o Hamas classificou a medida como uma “nova fase de genocídio” e de limpeza étnica forçada. Analistas destacam que a recusa dos reservistas adiciona uma nova camada de pressão política sobre Netanyahu, em meio a acusações de que suas decisões priorizam objetivos pessoais e eleitorais em detrimento da segurança nacional.































































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