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Rússia exige cessar-fogo imediato no leste da República Democrática do Congo

O governo russo pediu nesta segunda-feira a interrupção imediata dos confrontos no leste da República Democrática do Congo (RDC), onde o grupo rebelde M23 intensificou seus ataques contra o exército nacional e forças de paz da ONU.


Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia expressou preocupação com a escalada da violência e condenou os ataques contra a Missão das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO).


"Desde o início de janeiro, o M23 intensificou suas atividades, estabelecendo controle sobre as cidades de Masisi e Sake. Moscou pede a cessação imediata das hostilidades e a retomada das negociações," destacou o documento.

A região leste da RDC enfrenta décadas de violência, alimentada pela disputa por recursos naturais, como ouro e diamantes. O governo de Kinshasa acusa Ruanda de apoiar os rebeldes do M23, fornecendo armas e combatentes. Um relatório da ONU estima que entre 3.000 e 4.000 soldados ruandeses estariam lutando ao lado do grupo insurgente, alegação negada repetidamente por Kigali.


Nos últimos dias, os ataques se intensificaram nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul. O M23 afirmou na segunda-feira ter capturado a cidade de Goma, capital de Kivu do Norte, após intensos confrontos armados.



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De acordo com a ONU, pelo menos 13 soldados de paz, incluindo militares sul-africanos e uruguaios, foram mortos nos recentes ataques. O exército congolês também confirmou a morte do major-general Peter Cirimwami Nkuba, governador de Kivu do Norte, atingido enquanto visitava a linha de frente.


A ofensiva também afetou civis. O Hospital Maternidade de Caridade, no centro de Goma, foi atingido por projéteis, deixando mortos e feridos, incluindo recém-nascidos e mulheres grávidas. "Os hospitais estão sobrecarregados, tentando lidar com o fluxo de pacientes feridos," relatou Bruno Lemarquis, vice-representante especial da ONU na RDC.


Cerca de 6,5 milhões de pessoas foram deslocadas pelo conflito, segundo dados das Nações Unidas.


O representante russo na ONU, Vassily Nebenzia, condenou o uso de artilharia pesada próximo a áreas civis e expressou condolências às famílias dos soldados mortos. Em Moscou, o Ministério das Relações Exteriores recomendou que cidadãos russos evitem viagens à RDC e aconselhou os que já estão em Kivu do Norte a deixarem a região assim que possível.



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