Tensão diplomática entre Egito e Israel cresce após declarações de Netanyahu sobre Gaza
- www.jornalclandestino.org

- 7 de set.
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A relação entre Egito e Israel registra aumento de tensão após declarações atribuídas ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, sugerindo a expulsão de palestinos da Faixa de Gaza através da fronteira de Rafah. O governo egípcio criticou veementemente a posição, afirmando que tais ações configurariam deslocamento forçado e violação do direito internacional, caracterizando crimes de limpeza étnica.

O Ministério das Relações Exteriores do Egito repudiou as declarações e acusou Netanyahu de tentar prolongar o conflito em Gaza, iniciado em outubro de 2023, para evitar consequências políticas internas e externas. O ministério enfatizou que o país não se tornará uma "porta de entrada" para palestinos expulsos e reafirmou seu compromisso com a proteção dos civis e da infraestrutura humanitária no território vizinho.
Segundo declarações de Netanyahu a um canal israelense do Telegram, ele estaria disposto a abrir a passagem de Rafah para saída de palestinos, mas estimou que metade da população de Gaza deseja deixar o território, tese usada por seu governo para justificar a medida. A situação ganhou contornos adicionais de tensão após revelações sobre um possível cancelamento de acordo de exportação de gás entre Israel e o Egito. O acordo, firmado em 7 de agosto com a NewMed Energy, previa o fornecimento de 130 bilhões de metros cúbicos de gás natural até 2040, no valor de 35 bilhões de dólares.
Autoridades egípcias indicaram que o acordo poderia ser revisado devido ao reforço da fronteira de Gaza pelo Egito, considerando a ameaça de expulsão em massa dos palestinos. O chefe do serviço de inteligência egípcio, Diaa Rashwan, afirmou que Israel deve arcar com as consequências de qualquer decisão que prejudique o pacto energético.


























































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