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Trump declara guerra ao petróleo iraniano e ameaça o mundo com sanções

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    Clandestino
  • 2 de mai.
  • 2 min de leitura

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a utilizar o petróleo como arma geopolítica e advertiu que qualquer país ou empresa que adquirir petróleo ou derivados do Irã estará automaticamente sujeito a sanções econômicas impostas por Washington. A medida visa isolar ainda mais a economia iraniana e reforçar a pressão contra Teerã no cenário internacional.


“Todos devem interromper imediatamente qualquer compra de petróleo ou produtos petroquímicos iranianos. Quem insistir, não fará mais negócios com os Estados Unidos, de forma alguma”, escreveu Trump em sua rede social Truth Social na última quinta-feira.





A declaração ocorre em meio ao colapso das negociações nucleares entre EUA e Irã, que deveriam acontecer em Roma no último fim de semana. De acordo com fontes diplomáticas ouvidas pela Reuters, o Irã suspendeu o encontro e só deverá retomar o diálogo se houver mudanças na postura americana.


Durante sua gestão, Trump impulsionou uma série de sanções contra o Irã, mirando desde instituições financeiras até o setor energético. Recentemente, os alvos incluíram um terminal chinês de armazenamento de petróleo bruto e uma refinaria independente, acusados de manter transações ilegais com Teerã.


O governo dos EUA tem recorrido às chamadas sanções secundárias — instrumentos de coerção extraterritorial que penalizam qualquer nação ou empresa que negocie com alvos sancionados por Washington. A força dessa medida repousa na magnitude da economia americana: países e corporações temem ser excluídos do mercado dos EUA caso não se alinhem às diretrizes de sua política externa.


Especialistas apontam, no entanto, que para sufocar de fato as exportações iranianas, Washington precisaria confrontar diretamente instituições financeiras da China, principal compradora do petróleo iraniano. Até agora, Pequim tem desafiado silenciosamente as ordens dos EUA, mantendo o fluxo energético com Teerã mesmo diante das ameaças de sanção.


A ofensiva de Trump escancara o uso do dólar e do sistema financeiro global como mecanismos de dominação. O petróleo, mais uma vez, revela-se campo de disputa onde interesses imperiais se sobrepõem à soberania de nações.

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