Venezuela anuncia derrubada de avião e captura de mercenários em meio a tensão com EUA
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- 29 de out
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As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) da Venezuela derrubaram uma aeronave que adentrou o espaço aéreo do país sem autorização e com o transponder desligado. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo comando estratégico militar, que informou que o avião ingressou pelo espaço aéreo colombiano antes de ser interceptado e neutralizado pelas defesas venezuelanas.
Paralelamente, serviços de inteligência do país realizaram operações em Caracas entre os dias 25 e 26 de outubro, resultando na detenção de um grupo de pessoas acusadas de planejar uma "operação de falsa bandeira". Segundo as autoridades venezuelanas, o objetivo seria orquestrar um ataque contra forças estadunidenses durante exercícios militares que estão sendo realizados em Trinidad e Tobago, país caribenho vizinho à Venezuela.

O comandante estratégico da FANB, Domingo Hernández Lárez, emitiu declaração enfatizando a posição soberana do país:
"A Venezuela é uma terra de paz. Não permitiremos a violação da nossa soberania. Não somos uma plataforma para o tráfico transnacional de drogas. Não produzimos nem consumimos narcóticos".
O militar também confirmou o destacamento de caças F-16 para intensificar o monitoramento das fronteiras nacionais.
Estes desenvolvimentos ocorrem em um contexto de elevada tensão diplomática e militar entre Venezuela e Estados Unidos. Na semana passada, o governo do presidente Donald Trump autorizou formalmente a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações em território venezuelano, com o objetivo declarado de promover mudanças no governo de Caracas.
Em resposta às ameaças percebidas, o governo do presidente Nicolás Maduro intensificou a mobilização de milícias populares, principalmente através das comunas. Dados oficiais venezuelanos indicam a existência de aproximadamente 5 milhões de milicianos na reserva, com previsão de expandir o número de comunas de 4 mil para 6 mil até 2026.
Como demonstração de força política, está prevista para a quarta-feira (29) uma mobilização massiva de militantes do Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV) e de setores aliados ao chavismo, que devem ocupar as ruas em protesto contra a possibilidade de intervenção norte-americana no país.



































































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