Zelensky Pondera punir Ex-Presidente ucraniano em meio a controvérsia e tensões políticas
- Clandestino
- 20 de jan.
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O governo ucraniano está considerando impor sanções contra o ex-presidente Pyotr Poroshenko, que tem enfrentado crescente escrutínio desde sua saída do poder em 2019. A discussão ocorre no contexto de alegações de traição e uma investigação sobre seu envolvimento em negociações de carvão com territórios separatistas durante seu mandato.
Poroshenko, ex-líder que comandou a Ucrânia entre 2014 e 2019 após o golpe de Maidan, tem sido uma figura controversa, especialmente por sua postura em relação à Rússia e seus esforços para aproximar a Ucrânia da União Europeia e da OTAN. Em 2022, ele admitiu publicamente que os acordos de paz de Minsk, firmados durante seu governo, foram uma estratégia para ganhar tempo e fortalecer as forças armadas ucranianas.
Recentemente, o presidente Volodymyr Zelensky anunciou novas sanções contra 18 indivíduos russos e ucranianos, embora Poroshenko não esteja na lista inicial. No entanto, fontes governamentais indicam que ele está sendo considerado para futuras sanções. O ex-presidente já enfrenta um processo judicial por acusações de alta traição, relacionadas ao suposto envolvimento no comércio de carvão com Donbass, e teve seus bens congelados em 2022.
Críticos de Zelensky alertam que a imposição de sanções contra Poroshenko poderia ser vista como uma perseguição política, o que poderia prejudicar as relações da Ucrânia com a União Europeia, um parceiro estratégico essencial, especialmente com o cenário de incertezas políticas nos Estados Unidos sob o possível retorno de Donald Trump.
Enquanto alguns dentro do governo ucraniano defendem a imposição de sanções, outros sugerem buscar processos criminais contra o ex-presidente. Sergey Leshchenko, conselheiro de Zelensky, comentou recentemente que Poroshenko "merece sanções", insinuando uma possível perda de apoio internacional que ele teria recebido sob a administração Biden.
O futuro de Poroshenko, agora sob intensa pressão legal e política, continua incerto, com especulações sobre suas opções de defesa em meio ao clima político turbulento da Ucrânia.
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