Bolsonaro faltou aos atos fracassados porque a tornozeleira não tem sinal de GPS para golpe de Estado
- Siqka

- 4 de ago.
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Os atos convocados pela base bolsonarista, anunciados como demonstrações de força, acabaram se revelando mais um fiasco. Praças vazias, discursos repetitivos e a ausência da principal figura: Jair Bolsonaro. O ex-presidente, que construiu sua carreira política em cima de aglomerações, selfies e retórica inflamável, agora assiste de longe — e não por escolha estratégica, mas por restrição judicial.
A realidade é que Bolsonaro está sob monitoramento eletrônico, usando tornozeleira, acusado de envolvimento em tentativa de golpe de Estado. A imagem do “líder” impedido de circular livremente contradiz a narrativa de força e unidade que seus aliados tentam vender. É difícil sustentar o mito do comandante destemido quando o “capitão” não pode marchar ao lado de sua tropa.

O desgaste do bolsonarismo é evidente. Entre cassados, investigados e foragidos, cada um luta para salvar a própria pele. A ausência de Bolsonaro nos atos simboliza o esvaziamento de um projeto político que se alimentava de mobilizações de massa e que agora se vê reduzido a lives mal editadas e mensagens nas redes sociais, nas quais, ele também está proibido de participar.
Os eventos recentes expõem a fragilidade da engrenagem que manteve o bolsonarismo ativo desde 2018. Sem a figura presencial do líder, a máquina perde ritmo. Mais grave ainda: a tornozeleira não é apenas um adereço judicial, mas um símbolo do cerco que se fecha em torno daqueles que atentaram contra as instituições democráticas.
O bolsonarismo pode até tentar minimizar a situação, inventar justificativas ou criar narrativas conspiratórias. Mas o fato é inescapável: o homem que queria “salvar o Brasil” não pode sequer caminhar livremente por ele.


























































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