Favela do Moinho amanhece sob cerco policial e helicópteros antes de operação contra líderes ligados ao PCC
- www.jornalclandestino.org

- 9 de set
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Nesta madrugada (9), a Favela do Moinho, localizada no centro de São Paulo, foi palco de intenso cerco policial. Sob ruído de helicópteros, as Polícias Militar e Civil, em ação conjunta com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, deram início à “Operação Sharpe”, cumprindo dez mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão na comunidade.

Segundo autoridades, ao menos sete pessoas foram detidas — embora fontes extraoficiais apontem até 11 prisões — entre elas Alessandra Moja Cunha, liderança comunitária, e sua filha, Yasmin Moja Flores. Alessandra é irmã de Leonardo “Léo do Moinho”, considerado chefe do tráfico local e preso no ano anterior. Mesmo encarcerado, ele continuava a comandar as atividades criminosas da região, conforme investigação.
Além da prisão de lideranças comunitárias, a operação também envolveu a detenção de um homem identificado como “Carlinhos”, apontado como sucessor de Léo do Moinho, e de um proprietário de comércio usado para armazenar drogas e armas. Stis relatos dão conta ainda da prisão do marido de Alessandra e de outras pessoas como Cláudio dos Santos Celestino, o “Xocolate”.
A ação do Gaeco também foi marcada por medidas incomuns: o Ministério Público solicitou que o curso da operação não fosse compartilhado previamente com as Polícias Militar e Civil, por suspeitar de possíveis vazamentos dentro das corporações.
A Favela do Moinho integra um prolongado e complexo embate territorial, que envolve governo estadual, federal e a população local. O terreno, de propriedade da União, faz parte de um plano de transformação urbana, com a criação do Parque do Moinho e reassentamento de famílias, com apoio da CDHU.





































































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