MST na Bahia promove Festival Sabores da Liberdade para reforçar soberania alimentar e resistência popular
- www.jornalclandestino.org

- 11 de set.
- 1 min de leitura
O assentamento Claudemiro Dias Lima, localizado na zona rural de Jitaúna, no Baixo Sul da Bahia, será palco da primeira edição do Festival Sabores da Liberdade, entre os dias 26 e 28 de setembro de 2025. O evento, organizado pelo MST em parceria com o Instituto Alameda e o coletivo Terra de Preto, reúne gastronomia, cultura e debate sobre soberania alimentar como estratégia de fortalecimento comunitário e autonomia popular.
Durante três dias, territórios produtivos de diferentes regiões do estado apresentarão pratos tradicionais elaborados com ingredientes locais, promovendo a troca de saberes sobre práticas agrícolas, culinária e resistência cultural. Estarão presentes assentamentos e quilombos como Rosemeire Conceição (Jaguaquara), Carlos Marighella (Ipiaú), Graciosa (Taperoá), Engenho da Ponte (Cachoeira), além das comunidades Flor de Café e Associação Caiporas (Malhada de Pedra).
Segundo Neto Onirê Sankara, agricultor e militante do MST, o festival busca ampliar o debate sobre a soberania alimentar, conectando territórios que alcançaram maior autonomia e evidenciando a importância da produção de alimentos livres de agrotóxicos. “Não tem nada mais rebelde hoje do que plantar comida sem veneno. A capacidade de resistência no território também é medida pelo tamanho da dispensa que ele tem”, afirmou.

Além das experiências gastronômicas, a programação inclui rodas de conversa, oficinas de plantio, aproveitamento de alimentos, música, yoga, capoeira, lançamento de livros e apresentações culturais. O encerramento contará com plantio de árvores, degustação dos pratos preparados pelas comunidades e premiação nas categorias culinárias.
O festival integra o projeto “Depois da Ordem”, do Instituto Alameda, que investiga novas formas de poder e organização popular diante da crise da soberania estatal, promovendo o fortalecimento das alianças entre comunidades e assentamentos.



































































Comentários