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PEC da Bandidagem: Esquerda mostra SUA capacidade de pressionar o Congresso e reacender os protestos de rua

A recente aprovação da chamada PEC da Bandidagem, que amplia a proteção a parlamentares contra processos judiciais e restabelece o voto secreto para autorizações de ações penais, desencadeou forte reação social e colocou em evidência falhas na articulação política do governo. Embora a medida tenha sido aprovada com ampla margem na Câmara, a mobilização de movimentos sociais, artistas e militância de esquerda mostrou capacidade de pressionar o Congresso e reacender os protestos de rua.


Manifestação contra PEC da Blindagem e a anistia tem bandeira gigante do Brasilcrédito: NELSON ALMEIDA / AFP
Manifestação contra PEC da Blindagem e a anistia tem bandeira gigante do Brasilcrédito: NELSON ALMEIDA / AFP

Nos últimos dias, o governo enfrentou derrotas no Legislativo com a aprovação da urgência do projeto de anistia e da própria PEC. Além disso, pesquisas de opinião — Quaest e Datafolha — indicaram estagnação da popularidade presidencial, apesar da condenação de Jair Bolsonaro e de integrantes de sua cúpula por envolvimento em atos golpistas. No levantamento da Quaest, 46% aprovam a gestão e 51% desaprovam; já no Datafolha, a avaliação positiva subiu de 29% para 33%, enquanto a negativa está em 38%.


A crise política foi agravada pelo apoio de 12 deputados do PT à PEC, gerando críticas à legenda e levantando questionamentos sobre a condução da base aliada. Informações de bastidores indicam que o partido teria negociado com o centrão para evitar a votação do projeto de anistia em troca de votos favoráveis à proposta. O acordo, entretanto, foi considerado um mau negócio e expôs descoordenação na articulação governista.


A repercussão da medida, apelidada popularmente de “PEC da Bandidagem” por abrir margem à proteção de parlamentares acusados de corrupção e até de envolvimento com o crime organizado, provocou repúdio de especialistas, entidades civis e do Senado. Para críticos, a proposta representa retrocesso em relação aos avanços democráticos conquistados desde a Constituição de 1988, além de legitimar práticas como o orçamento secreto e fragilizar o combate ao crime organizado.


No fim de semana, manifestações em diversas cidades reuniram militantes, movimentos sociais e artistas, reativando a presença da esquerda nas ruas após anos de retração. A pressão popular fortaleceu a resistência ao projeto de anistia, que dificilmente será aprovado em formato amplo e irrestrito, como desejavam setores bolsonaristas e parte da direita. A expectativa é que a versão final do texto limite-se a reduzir algumas penas, sem contemplar crimes ligados a organizações criminosas, como PCC e Comando Vermelho.


Analistas avaliam que o episódio representa um momento decisivo para o governo e para o campo progressista: ao mesmo tempo em que revela vulnerabilidades na articulação política e na condução do PT, também abre espaço para que a militância volte a ter protagonismo no debate público e pressione o Congresso contra retrocessos democráticos. Para especialistas, o desfecho da disputa em torno da PEC e do projeto de anistia poderá influenciar diretamente a correlação de forças rumo às eleições de 2026.


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