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Starmer ordena inquérito nacional sobre atuação de autoridades em casos de abuso sexual

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou nesta segunda-feira a abertura de um inquérito público nacional para investigar a atuação de autoridades em casos de abuso sexual cometidos por gangues de aliciamento no Reino Unido. A decisão representa uma mudança significativa de posição do governo, que até recentemente havia rejeitado a possibilidade de uma nova investigação.


A medida ocorre após pressões crescentes da sociedade civil, parlamentares e personalidades públicas, incluindo o bilionário Elon Musk, que em janeiro acusou Starmer de omissão na proteção de crianças durante seu mandato como diretor do Ministério Público, entre 2008 e 2013.


O inquérito — que terá base na Lei de Inquéritos de 2005 — contará com poderes estatutários para convocar testemunhas, conduzir revisões locais e exigir documentos. A investigação vai apurar falhas institucionais de conselhos municipais, forças policiais e representantes eleitos no enfrentamento do aliciamento e exploração sexual de meninas vulneráveis, com foco em denúncias negligenciadas ou mal conduzidas.



A Agência Nacional do Crime (NCA), principal órgão investigativo do país, foi encarregada de coordenar a reabertura de casos históricos. Segundo autoridades, mais de 800 ocorrências foram retomadas desde o início do ano, com o objetivo de localizar e responsabilizar autores que escaparam de processos anteriores.


Gangues envolvidas nesses crimes têm atuado há décadas, muitas vezes compostas majoritariamente por homens de origem paquistanesa. Os casos envolvem estupros, violência sistemática e aliciamento de adolescentes em várias regiões da Inglaterra.


“Eu nunca disse que não deveríamos reexaminar questões como essa”, declarou Starmer a jornalistas, durante sua viagem ao Canadá para a cúpula do G7. Ele afirmou ainda que a reavaliação visa garantir justiça às vítimas que foram abandonadas pelo sistema.


A decisão foi bem recebida por líderes políticos da oposição, como o líder do Reform UK, Nigel Farage, que considerou a ação “necessária, mas tardia”. Já o ex-parlamentar Rupert Lowe atribuiu o avanço à pressão de Elon Musk, afirmando que sem ele “não haveria inquérito nem justiça”.


O governo garantiu que o processo investigativo será conduzido com independência e transparência, e que o objetivo central é garantir que erros do passado não voltem a se repetir.

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