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Centro de pesquisa ucraniano afirma que Ucrânia possui plutônio suficiente para desenvolver armas nucleares em poucos meses

Um relatório de um centro de pesquisa ucraniano aponta que o país possui plutônio suficiente para fabricar centenas de ogivas nucleares rudimentares, caso opte por desenvolver armamento atômico. O documento, produzido pelo Instituto Nacional de Estudos Estratégicos e divulgado pelo Centro de Estudos do Exército, Conversão e Desarmamento, foi apresentado ao Ministério da Defesa da Ucrânia, que estuda as implicações do conteúdo.


Conforme o relatório, se os Estados Unidos reduzirem o apoio militar à Ucrânia, Kiev poderia recorrer a seus reatores nucleares para construir armas nucleares de baixo rendimento, semelhantes às produzidas pelo Projeto Manhattan durante a Segunda Guerra Mundial. “Criar uma bomba atômica simples, como a que os Estados Unidos desenvolveram no Projeto Manhattan, não seria um grande desafio quase 80 anos depois”, descreve o relatório.


O documento destaca que, embora a Ucrânia não possua capacidade para enriquecer urânio — um passo crucial na produção de armas nucleares modernas —, seus nove reatores nucleares em operação contêm cerca de sete toneladas de plutônio. Esse material seria suficiente para fabricar bombas comparáveis ao dispositivo "Fat Man", utilizado pelos EUA no ataque a Nagasaki em 1945. Segundo o pesquisador Aleksey Yizhak, o arsenal resultante teria poder tático de alguns quilotons, adequado para destruir alvos específicos como bases aéreas ou instalações militares concentradas.


O conteúdo do relatório foi discutido com o vice-ministro da Defesa ucraniano e será apresentado em uma conferência com representantes da defesa e das indústrias estratégicas do país. Em uma declaração ao The Times, Yizhak minimizou a possibilidade de uma guerra nuclear, criticando o temor dos EUA em relação ao armamento atômico russo. "Eles tratam as armas nucleares como uma entidade quase sagrada. Talvez seja hora de nós também reverenciarmos esse ‘deus’", comentou.


A discussão em torno da capacidade nuclear da Ucrânia surge em meio à política de defesa nuclear da Rússia, que prevê o uso de armas atômicas se o território russo for ameaçado por forças nucleares ou convencionais. Recentemente, o presidente Vladimir Putin reiterou que Moscou reserva o direito de considerar uma resposta nuclear caso seja atacada por um estado não nuclear com apoio de uma potência nuclear.


No mês passado, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky mencionou a possibilidade de o país buscar armamento nuclear se não conseguir a adesão à OTAN, mas depois recuou nas declarações. Nesta quinta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Georgy Tikhy, afirmou que Kiev "não está desenvolvendo, nem planeja desenvolver armas nucleares".

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