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Canadá anuncia intenção de reconhecer Estado palestino: "O sofrimento dos civis não deixa espaço para atrasos”

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, anunciou nesta quarta-feira (30) que seu governo pretende reconhecer oficialmente o Estado palestino durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, prevista para setembro deste ano. A decisão representa uma mudança significativa na política externa canadense em relação ao conflito no Oriente Médio.


MARK CARNEY, PRIMEIRO-MINISTRO DO CANADÁ
MARK CARNEY, PRIMEIRO-MINISTRO DO CANADÁ

Segundo Carney, o reconhecimento é uma resposta à deterioração da solução de dois Estados, diante do agravamento da crise humanitária em Gaza, da violência crescente na região e do impasse nas negociações de paz. “A solução de dois Estados está se desgastando diante de nossos olhos. O sofrimento dos civis não deixa espaço para atrasos”, declarou em entrevista coletiva.


O anúncio ocorre após movimentos semelhantes do Reino Unido e da França, que também sinalizaram disposição em reconhecer a soberania palestina. No caso canadense, Carney afirmou que o apoio estará condicionado a compromissos da Autoridade Palestina, incluindo a realização de eleições gerais em 2026 sem participação do Hamas e a implementação de medidas de desmilitarização do futuro Estado palestino.


Reações internacionais

A decisão foi recebida de forma dividida. A embaixada de Israel em Ottawa criticou a iniciativa, classificando-a como parte de uma “campanha de pressão internacional distorcida” e alegando que ela “legitima a barbárie do Hamas” nos ataques de 7 de outubro de 2023.


Em contrapartida, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, elogiou a medida em uma ligação telefônica com Carney, chamando-a de “corajosa e histórica” e afirmando que ela pode fortalecer a paz e a estabilidade regional.


Carney ressaltou que a iniciativa busca não apenas atender aos interesses palestinos, mas também proteger o futuro de Israel. “Qualquer caminho para uma paz duradoura precisa de um Estado palestino estável, que reconheça o direito inalienável de Israel à segurança e à paz”, disse.


O Canadá, historicamente defensor de negociações diretas entre israelenses e palestinos, passa a adotar uma posição mais ativa em favor da solução de dois Estados, após considerar inviável a continuidade da abordagem tradicional diante da expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e da recente votação no Parlamento israelense em favor da anexação da Cisjordânia.

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