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Rússia reforça compromisso com solução política para programa nuclear do Irã

O governo russo reiterou nesta quarta-feira (15) que continuará a apoiar negociações diplomáticas voltadas à resolução do programa nuclear iraniano, destacando a importância do diálogo e da cooperação internacional para evitar tensões na região. O Ministério das Relações Exteriores enfatizou que uma abordagem política é prioritária frente a potenciais crises.


Segundo Moscou, o Tratado de Parceria Estratégica Abrangente entre Rússia e Irã, que entrou em vigor oficialmente em 2 de outubro, constitui uma “base sólida” para a cooperação bilateral, incluindo assuntos relacionados ao programa nuclear. O acordo foi assinado em 17 de janeiro pelos presidentes Vladimir Putin e Masoud Bezeshkian, e ratificado pela Rússia em abril deste ano.


Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi
Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi

O ministério russo destacou que a implementação da cooperação entre os dois países, após a expiração da Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, dependerá tanto da legislação nacional russa quanto dos compromissos internacionais assumidos pelo país. A Rússia enfatizou que continuará a facilitar negociações e buscar meios diplomáticos para prevenir qualquer escalada no setor nuclear iraniano.


Autoridades russas também pediram que todas as partes envolvidas concentrem esforços em torno de soluções pacíficas, reforçando que a estabilidade regional depende da moderação e da busca por consenso entre os atores internacionais. Moscou se colocou à disposição para intermediar e apoiar processos de diálogo, usando todos os recursos diplomáticos disponíveis.


O posicionamento da Rússia ocorre em meio a crescentes tensões geopolíticas sobre o programa nuclear do Irã, que têm mobilizado diferentes países em torno de negociações multilaterais, sancionamentos e iniciativas de desescalada. O governo russo afirmou que pretende manter seu papel como facilitador e parceiro estratégico confiável para Teerã, sem recorrer a medidas coercitivas ou militares.

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