"Jesus é um lixo" e "Morte aos árabes" são pichações frequentes, mas agora, forças israelenses deixaram pichações em hebraico em uma parede histórica da era romana, em sítio arqueológico de Sebastia
- www.jornalclandestino.org
- 29 de nov. de 2024
- 1 min de leitura
Atos de vandalismo envolvendo pichações com mensagens de ódio, incluindo frases como"O preço a pagar, o rei David para os judeus, Jesus é um lixo" e "Morte aos árabes", direcionadas contra comunidades cristãs e árabes, são recorrentes na Palestina. Um exemplo emblemático foi o ataque à igreja romana de São Jorge, próximo a um bairro judeu ortodoxo de Jerusalém, pouco antes da visita do Papa Francisco em 2014.
Na última sexta-feira (27), um novo episódio de vandalismo foi registrado: militares israelenses invadiram o sítio arqueológico de Sebastia, ao norte de Nablus, e picharam slogans em hebraico em uma parede histórica da era romana, conforme reportado pela agência WAFA.
O prefeito de Sebastia, Mohammad Azem, condenou o ato, classificando-o como uma "violação flagrante do direito internacional e das resoluções da UNESCO, que visam preservar o patrimônio cultural". Azem também relatou que os militares israelenses montaram postos de controle nas entradas da cidade e dispararam munição real, intensificando as tensões na região.
A pichação foi feita na antiga Rua Colunata, uma parte significativa do sítio arqueológico de Sebastia, conhecido por sua importância histórica. Segundo Azem, essas ações vão além de ataques ao patrimônio, configurando uma estratégia mais ampla para alterar a demografia e a cultura locais.
Sebastia, uma cidade com rico significado histórico, tem sido alvo de repetidos ataques de militares e de colonos israelenses. Essas ações fazem parte de um esforço israelense mais amplo para alterar a paisagem demográfica e cultural da área, apoiando projetos de assentamentos coloniais ao redor do local e facilitando as incursões dos colonos, restringindo o acesso palestino à área.
Comentários