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"Deveria ser expulsa como um cachorro" Trump exige demissão de jornalista que contestou ataque ao Irã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente a CNN e pediu publicamente a demissão da jornalista Natasha Bertrand, após a publicação de uma reportagem que contradiz sua versão sobre os ataques norte-americanos às instalações nucleares do Irã.


Natasha Bertrand
Natasha Bertrand

A reportagem, assinada por Bertrand em coautoria com Katie Bo Lillis e Zachary Cohen, apresentou uma avaliação preliminar vazada da Agência de Inteligência de Defesa do Pentágono (DIA), segundo a qual os bombardeios realizados em 22 de junho causaram apenas danos limitados às estruturas nucleares iranianas em Fordow, Natanz e Isfahan. Segundo o documento, o estoque de urânio enriquecido do Irã permanece intacto, o que contraria a declaração de Trump de que o programa nuclear iraniano havia sido “completamente destruído”.


A reação do presidente veio por meio de sua plataforma Truth Social, onde acusou a jornalista de desinformar o público e desrespeitar os militares norte-americanos.


“Ela deveria ser repreendida imediatamente e depois expulsa como um cachorro”, escreveu Trump, acusando ainda a CNN de ser uma “rede de notícias falsas”.

A emissora respondeu com uma nota em defesa da jornalista: “A CNN apoia integralmente o trabalho de Natasha Bertrand e a apuração conduzida por ela e seus colegas. A matéria reflete com precisão a avaliação inicial da inteligência dos EUA”, afirmou o comunicado. Âncoras veteranos da rede, como Wolf Blitzer e Pamela Brown, também se manifestaram, classificando as críticas do presidente como “infundadas” e uma tentativa de desviar a atenção dos fatos.


A Casa Branca, por sua vez, minimizou a relevância do documento vazado e questionou a credibilidade da fonte responsável. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, afirmou que a avaliação “está totalmente equivocada” e teria sido divulgada por alguém que “só quer prejudicar o governo”.


Enquanto isso, especialistas independentes e analistas de imagens de satélite apontam que as instalações nucleares subterrâneas iranianas continuam, em grande parte, funcionais, apesar dos bombardeios realizados com aviões B-2 Spirit e bombas penetrantes GBU-57.


Os ataques de 22 de junho marcaram uma escalada significativa nas tensões entre Washington e Teerã. Em resposta, o Irã lançou mísseis balísticos contra a base americana de Al Udeid, no Catar, no dia seguinte. Teerã também atacou territórios israelenses, ferindo civis em Tel Aviv. O governo iraniano denunciou as ações dos EUA como “violações graves do direito internacional” e do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), prometendo novas retaliações.

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