Nos eua de trump Setor industrial perde 78 mil empregos em um ano
- www.jornalclandestino.org

- 16 de out.
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O setor manufatureiro dos Estados Unidos enfrenta uma retração significativa, apesar do discurso do governo de que políticas protecionistas e incentivos fiscais estariam impulsionando a produção. Entre janeiro e agosto de 2025, a indústria acumulou a perda líquida de 38 mil postos de trabalho, e a produção industrial recuou 0,4% em agosto, segundo o Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS).
O investimento em novas fábricas caiu 6% no período de um ano até julho, evidenciando a desaceleração da reindustrialização prometida pelo governo. O número de novas plantas inauguradas em 2025 foi o menor em quatro anos, de acordo com dados do Censo estadunidense, enquanto o total de empregos industriais caiu para 12,9 milhões, distante do pico de 19,5 milhões registrado em 1979.
Analistas apontam que o aumento de tarifas sobre aço, alumínio e insumos industriais elevou os custos de produção e reduziu a competitividade de setores dependentes de componentes importados. Montadoras e empresas de maquinário pesado, como General Motors, Caterpillar e John Deere, registraram prejuízos bilionários relacionados às tarifas e margens menores do que em qualquer período desde a pandemia.
Em contraste, investimentos em inteligência artificial, data centers e hardware de processamento cresceram 37% no primeiro semestre de 2025, e as importações de chips avançados aumentaram 64% no acumulado do ano. O governo associa esse crescimento a uma “nova era produtiva”, mas especialistas alertam que o setor tecnológico gera significativamente menos empregos do que a manufatura tradicional.

O fenômeno é o reflexo de uma mudança estrutural na economia americana: o capital migra para setores de alta tecnologia que concentram riqueza, enquanto a indústria que emprega grandes contingentes sofre retração. O crescimento da IA, por exemplo, exige milhares de trabalhadores apenas durante a construção de centros de dados, mas mantém poucos operários após a inauguração, diferentemente de fábricas tradicionais.
Em nota, a Casa Branca afirmou que a reconstrução da indústria “levará anos” e que “as tarifas e incentivos fiscais estão criando as bases para um novo ciclo de prosperidade”. Apesar disso, os indicadores sugerem um cenário de menor investimento, redução de fábricas e queda no emprego industrial, contrastando com o boom tecnológico celebrado pelo governo e pelo presidente Trump.


























































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