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O antissemitismo mata palestinos! Entenda, de uma vez por todas, o verdadeiro significado de 'semita'

A palavra "antissemitismo" foi cunhada no século XIX para descrever o ódio contra judeus, mas sua raiz etimológica – "semita" – refere-se a um grupo linguístico e étnico muito mais amplo, que inclui árabes, assírios, arameus e outros povos originários do Crescente Fértil. No entanto, uma poderosa engenharia discursiva sionista, aliada aos interesses geopolíticos do Ocidente, reduziu o termo a uma narrativa unilateral: só é antissemita quem ataca judeus.


Enquanto isso, o semitismo palestino – sua ancestralidade cananeia, sua língua árabe (irmã do hebraico) e seu direito histórico à terra – é apagado. Palestinos são tratados como "invasores árabes", apesar de estudos genéticos e arqueológicos confirmarem sua profunda ligação com a região. Como observa o historiador Ilan Pappé, historiador, judeu e israelense crítico do sionismo:


"A negação da identidade indígena palestina é uma forma de antissemitismo, porque os palestinos são tão semitas quanto os judeus."



Khaled Nabhan foi um avô palestino que se tornou símbolo da dor e da resiliência em Gaza. Em novembro de 2023, após um ataque aéreo israelense que matou seus netos Reem, de 3 anos, e Tarek, de 5, uma imagem dele beijando os olhos de Reem e chamando-a de "alma da minha alma" emocionou o mundo. O vídeo viralizou, tornando Nabhan um ícone da tragédia humanitária na região. Após essa perda devastadora, Nabhan canalizou sua dor em ações humanitárias. Ele distribuiu alimentos, cuidou de crianças feridas e até alimentou gatos de rua, demonstrando compaixão mesmo em meio à destruição. Sua presença serena e solidária trouxe conforto a muitos em Gaza. Em 16 de dezembro de 2024, Khaled Nabhan foi morto por um bombardeio israelense no campo de refugiados de Nuseirat, o mesmo local onde havia perdido seus netos. Sua morte foi amplamente lamentada, sendo lembrado como um símbolo de amor, resistência e humanidade diante da adversidade.
Khaled Nabhan foi um avô palestino que se tornou símbolo da dor e da resiliência em Gaza. Em novembro de 2023, após um ataque aéreo israelense que matou seus netos Reem, de 3 anos, e Tarek, de 5, uma imagem dele beijando os olhos de Reem e chamando-a de "alma da minha alma" emocionou o mundo. O vídeo viralizou, tornando Nabhan um ícone da tragédia humanitária na região. Após essa perda devastadora, Nabhan canalizou sua dor em ações humanitárias. Ele distribuiu alimentos, cuidou de crianças feridas e até alimentou gatos de rua, demonstrando compaixão mesmo em meio à destruição. Sua presença serena e solidária trouxe conforto a muitos em Gaza. Em 16 de dezembro de 2024, Khaled Nabhan foi morto por um bombardeio israelense no campo de refugiados de Nuseirat, o mesmo local onde havia perdido seus netos. Sua morte foi amplamente lamentada, sendo lembrado como um símbolo de amor, resistência e humanidade diante da adversidade.

Após essa perda devastadora, Nabhan canalizou sua dor em ações humanitárias. Ele distribuiu alimentos, cuidou de crianças feridas e até alimentou gatos de rua, demonstrando compaixão mesmo em meio à destruição. Sua presença serena e solidária trouxe conforto a muitos em Gaza.

Em 16 de dezembro de 2024, Khaled Nabhan foi morto por um bombardeio israelense no campo de refugiados de Nuseirat, o mesmo local onde havia perdido seus netos. Sua morte foi amplamente lamentada, sendo lembrado como um símbolo de amor, resistência e humanidade diante da adversidade.



Este artigo busca expor essa distorção histórica, mostrando como o antissemitismo foi cooptado como ferramenta política para justificar a ocupação israelense e silenciar a resistência palestina.


1. A Origem do Termo: Semitismo é Mais que Judaísmo


O termo "semita" surge da classificação linguística do século XIX, referindo-se a povos que falam línguas semíticas (hebraico, árabe, aramaico etc.). Nenhuma definição acadêmica restringe "antissemitismo" apenas a judeus.


No entanto, organizações sionistas e governos ocidentais promoveram uma redefinição política do termo. Como denuncia o jornalista Breno Altman em "Contra o Sionismo":


"O sionismo instrumentaliza o antissemitismo para blindar Israel de críticas, transformando qualquer oposição à sua política em 'ódio aos judeus'."

Isso ficou claro em 2016, quando a IHRA (Aliança Internacional para a Memória do Holocausto) aprovou uma definição que equipara antissemitismo a críticas a Israel – uma manobra condenada por acadêmicos como Norman Finkelstein, filho de sobreviventes do Holocausto:


"Essa definição é um golpe de propaganda para criminalizar a solidariedade aos palestinos."

2. O Apagamento do Semitismo Palestino


A. Ancestralidade Compartilhada

Estudos genéticos, como os do geneticista Eran Elhaik, mostram que:

- Palestinos têm forte ligação genética com os antigos cananeus e jebuseus, povos que habitavam a região antes dos reinos bíblicos.

- Muitos judeus ashkenazis têm DNA majoritariamente europeu, devido a conversões medievais (como demonstrado pelo historiador Shlomo Sand em "A Invenção do Povo Judeu").


Ou seja: a ideia de que palestinos são 'estrangeiros' na Palestina é um mito colonial.


B. A Palestina Antes do Sionismo

Antes da colonização sionista no século XX, judeus, muçulmanos e cristãos conviviam na Palestina Otomana. O rabino Yisrael Dov Ber, que viveu em Jerusalém no século XIX, escreveu:


"Os árabes [palestinos] são nossos irmãos, filhos de Shem [Sem], e esta terra é tão deles quanto nossa."

O sionismo, porém, criou a falsa dicotomia de "judeus vs. árabes", ignorando que palestinos são semitas nativos.


3. O Antissemitismo de Verdade: O que é, e o que Não é


O antissemitismo real existe e deve ser combatido – mas não pode ser um guarda-chuva para censurar críticas a Israel. Como explica a judia antissionista Marcia Pinsky:


"Chamar um palestino de 'terrorista' por defender sua terra é tão antissemita quanto chamar um judeu de 'avarento'. Ambos são estereótipos racistas contra povos semitas."

O que NÃO é antissemitismo:

- Criticar o governo de Israel.

- Defender os direitos palestinos.

- Questionar o sionismo como ideologia colonial.


O que É antissemitismo:

- Negar o Holocausto.

- Atacar judeus por sua religião ou etnia.

- Usar estereótipos como "judeus controlam o mundo".


4. Conclusão: Pelo Reconhecimento do Semitismo Palestino


A luta contra o antissemitismo deve incluir todos os povos semitas – incluindo os palestinos, vítimas de um projeto sionista que os desumaniza. Como escreveu o poeta palestino Mahmoud Darwish:


"Eu sou o semita da era moderna. Minha tragédia é que ainda preciso provar que existo."

É hora de quebrar o monopólio discursivo. Antissemitismo é ódio a judeus, mas também é ódio a palestinos. Ambos têm direito à memória, à terra e à justiça.


Referências:

- ALTMAN, Breno. Contra o Sionismo.

- SAND, Shlomo. A Invenção do Povo Judeu.

- PAPPE, Ilan. A Limpeza Étnica da Palestina.

- FINKELSTEIN, Norman. A Indústria do Holocausto.

- Estudos genéticos de Eran Elhaik (Universidade de Sheffield).

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