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Soldado israelense libertado relata que o Hamas o permitiu orar e lhe forneceu uma Torá

O soldado israelense Matan Angrest declarou, em entrevista ao Canal 13 de Israel, que o Hamas o deixou orar e lhe entregou objetos religiosos durante o período de cativeiro na Faixa de Gaza. Segundo Angrest, ele solicitou aos seus captores um conjunto de tefilin, um livro de orações (siddur) e um rolo da Torá — itens sagrados do judaísmo — e foi atendido.


Angrest afirmou que o material teria sido obtido pelos combatentes em locais antes ocupados pelo exército israelense em Gaza. Ele relatou ter rezado três vezes ao dia, mesmo enquanto permanecia em túneis subterrâneos e sob o som constante de bombardeios israelenses nas proximidades.


“Sobrevivi a diversos ataques aéreos muito próximos. Orar era o que me mantinha em pé”, disse.

Matan Angrest, que foi libertado na segunda-feira, disse ao Canal 13 de Israel que pediu a seus captores tefilin, um livro de orações siddur e um rolo da Torá [Getty]
Matan Angrest, que foi libertado na segunda-feira, disse ao Canal 13 de Israel que pediu a seus captores tefilin, um livro de orações siddur e um rolo da Torá [Getty]

O tratamento dispensado aos prisioneiros israelenses detidos pela ala militar do Hamas, as Brigadas Qassam, tem sido amplamente debatido. Imagens divulgadas em libertações anteriores mostraram cativos acenando e se despedindo dos combatentes palestinos, o que gerou interpretações divergentes — para uns, um gesto de cordialidade; para outros, uma encenação diante das câmeras.


O Hamas, por sua vez, afirma que adota medidas para preservar a vida dos prisioneiros, responsabilizando Israel pelos riscos decorrentes dos intensos bombardeios. O grupo denuncia que ataques indiscriminados dificultam o acesso a áreas onde alguns reféns estariam mantidos e impedem a recuperação de corpos de prisioneiros mortos.


Segundo dados de organizações humanitárias, 26 prisioneiros israelenses morreram nos últimos dois anos em decorrência dos ataques aéreos. Desde o ataque de 7 de outubro de 2023, o Hamas capturou cerca de 251 pessoas em território israelense. No mais recente acordo de cessar-fogo, o grupo libertou 20 prisioneiros vivos e entregou os corpos de outros 10.


Em contrapartida, Israel libertou 250 palestinos condenados à prisão perpétua e mais de 1.700 detidos em Gaza desde o início da guerra. Relatórios de entidades de direitos humanos, entretanto, descrevem condições degradantes e abusos nas prisões israelenses, incluindo agressões, tortura, estupro e privação de necessidades básicas como comida e medicamentos.


Atualmente, mais de 10 mil palestinos permanecem sob custódia israelense, entre eles mulheres e crianças, muitos sem acusação formal ou julgamento, em regime de “detenção administrativa”.


A guerra em Gaza, apoiada pelos Estados Unidos, já provocou a morte de mais de 67 mil palestinos e deixou 170 mil feridos, de acordo com o Ministério da Saúde local. A maioria das vítimas é composta por mulheres e crianças, em meio a uma destruição generalizada que dificulta operações humanitárias e de resgate no enclave.

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