Venezuela denuncia presença de submarino nuclear dos EUA no Caribe à ONU

O governo da Venezuela levou às Nações Unidas uma denúncia contra a presença de unidades militares dos Estados Unidos no Caribe, incluindo o submarino nuclear USS Newport News. Caracas classificou a movimentação como uma “grave ameaça” à paz regional e uma violação do direito internacional.

Em comunicado, a Missão Permanente da Venezuela junto à ONU afirmou que a presença de meios navais norte-americanos, como o cruzador de mísseis USS Lake Erie e o submarino nuclear, configura um ato de intimidação e contradiz princípios estabelecidos na Carta das Nações Unidas.

O chanceler Yván Gil discutiu o tema em reunião com Gianluca Rampolla, coordenador residente da ONU no país, destacando a necessidade de preservar a soberania e fortalecer a cooperação no marco do multilateralismo.

Caracas lembrou que a América Latina e o Caribe foram declarados Zona Livre de Armas Nucleares pelo Tratado de Tlatelolco de 1967 — acordo do qual os Estados Unidos são signatários desde 1971. O governo também citou a Proclamação da CELAC de 2014, que definiu a região como “Zona de Paz”, compromisso posteriormente reconhecido pela ONU.

A Venezuela reiterou ainda sua adesão ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e ao Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPAN), reafirmando o compromisso com o desarmamento e a não proliferação.

No apelo apresentado às Nações Unidas, Caracas exigiu a retirada imediata das forças militares estadunidenses da região e garantias de que Washington não implantará nem ameaçará usar armas nucleares no Caribe.

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