Tarso Genro alerta para risco real de invasão dos EUA na Venezuela
- www.jornalclandestino.org

- 13 de out.
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O jurista e ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, utilizou seu perfil na rede social X para expressar preocupação com o cenário político na América do Sul. Em suas declarações, ele afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria “iconizado pela mídia mundial como construtor da paz”, mas que, na realidade, age como “falcão da guerra e do genocídio”.
Genro apontou que a premiação do Nobel da Paz à política venezuelana María Corina Machado pode servir de pretexto para justificar uma intervenção militar na Venezuela.
“Trump construiu – como Prêmio Nobel – uma liderança da extrema direita, que quer a invasão militar do seu país pelos EUA, não só para derrubar um presidente ilegítimo, mas principalmente para fazer da Venezuela um quintal econômico e militar americano”, escreveu o ex-governador.

O ex-ministro também relacionou a atual movimentação militar norte-americana no Caribe ao risco de uma escalada regional. Segundo ele, o governo Trump estaria deslocando tropas para Porto Rico, o que poderia indicar preparativos para uma ofensiva no continente, “a partir da Venezuela, quando achar necessário, para promover seus interesses imperiais coloniais”.
Tarso Genro fez ainda uma análise sobre os recentes acontecimentos em Gaza, afirmando que o suposto
“fim da guerra” anunciado pela imprensa internacional representa, na verdade, “a aniquilação brutal de milhares de civis palestinos”...“nenhuma paz é construída com justiça sobre uma montanha de cadáveres de pessoas inocentes”.
A postagem de Genro ocorreu após o anúncio da libertação de prisioneiros israelenses pela Brigadas Al-Qassam, como parte de um acordo de cessar-fogo apoiado pelos Estados Unidos. Trump classificou o episódio como “um grande dia”, afirmando que o acordo representa “um novo começo”.

Enquanto isso, em Brasília, o governo brasileiro acompanha com apreensão os desdobramentos da premiação de María Corina Machado. Segundo fontes citadas pela Folha de S.Paulo, a decisão é vista como um fator que pode ampliar as chances de intervenção militar dos EUA na Venezuela, enfraquecendo tentativas de mediação diplomática na região.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria reforçado, em recente conversa telefônica com Donald Trump, a necessidade de uma solução pacífica para a crise venezuelana, ressaltando que o diálogo entre os países deve permanecer aberto e livre de restrições temáticas.
Autoridades brasileiras temem que uma ofensiva contra Caracas provoque uma nova crise humanitária e desestabilize o equilíbrio político da América do Sul, afetando diretamente as fronteiras e a segurança regional.


























































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