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Cúpula do BRICS 2025 discute urgência de ampliar a presença feminina no comércio internacional

A desigualdade de gênero no mercado global voltou ao centro das discussões durante o BRICS 2025, realizado no Rio de Janeiro neste fim de semana. Apesar de as mulheres representarem 49,6% da população mundial, sua participação na liderança de empresas com atuação internacional ainda é extremamente limitada: segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), apenas 15% dessas empresas são comandadas por mulheres.


O evento destacou que, mesmo com avanços modestos na última década, a paridade de gênero no comércio exterior ainda está longe de ser alcançada. No Brasil, por exemplo, entre 2010 e 2020, a presença feminina em empresas exportadoras cresceu de 29,2% para 31,8%, enquanto nas importadoras subiu de 32,5% para 34,7%. Ainda assim, apenas 14,5% das exportadoras brasileiras têm maioria feminina no quadro societário, e somente 2% do total exportado pelo país provém de empresas sob liderança feminina.


Rússia ©Shalimov
Rússia ©Shalimov

Nos países do BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Emirados Árabes e Indonésia — o quadro é igualmente desafiador. Obstáculos estruturais como informalidade, barreiras culturais e falta de acesso a crédito continuam limitando o protagonismo feminino no setor empresarial. Na Índia, por exemplo, menos de 1% das mulheres são empreendedoras formalizadas, enquanto na África do Sul, apenas 22% das empresas têm mulheres à frente da gestão.


Durante a cúpula, especialistas e lideranças políticas reforçaram que a inclusão feminina no comércio internacional não é apenas uma questão de justiça social, mas um passo estratégico para o fortalecimento das economias dos países emergentes. A pauta de gênero ganha assim espaço relevante dentro de um bloco que busca se consolidar como alternativa ao modelo de desenvolvimento hegemonizado pelo Norte Global.


O encontro no Rio de Janeiro foi enfático: a ascensão das mulheres nos negócios globais precisa ser acelerada, sob risco de perpetuar desigualdades históricas em um mundo que exige inovação, diversidade e equidade.

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